Vereador pede doação de órgãos para indivíduo fuzilado
Pronto, indivíduo fuzilado agora tem que doar órgãos. Ao menos na visão do vereador David Neto (PTN). Ele falava sobre o brasileiro Rodrigo Gularte, executado nesta terça-feira (28) na Indonésia. Rodrigo foi condenado por tráfico de drogas e teve seu pedido de clemência rejeitado.
Vamos ver o que é necessário para que uma pessoa doe órgãos. Primeiro, querer ser doador. As demais são:
- Ter identificação e registro hospitalar;
- Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
- Não apresentar hipotermia, hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
- Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
- Submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
- Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas. Observação: Após diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.
Ou seja, um indivíduo morto por fuzillamento não doa órgãos. Doar órgãos é legal, deve sim ser uma ação inerente ao ser humano, mas da forma certa. Sem mais.