Em Salvador, Lula diz ser perseguido
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da abertura do 29º Encontro Estadual do MST, na manhã desta quarta-feira (11/01), no Parque de Exposições de Salvador, e denunciou estar sofrendo uma perseguição jurídica. Lula ainda disse esperar um pedido de desculpas, depois que todas as acusações apontarem a sua inocência. “Eu achei que tinha encerrado minha carreira política, mas, diante dessas acusações, na hora que ficar claro que não há nada contra mim, só quero que peçam desculpas. Eu aprendi a andar de cabeça erguida nesse país e não vou baixar a cabeça para ninguém”, disse.
Na ocasião, Lula também criticou a penalização dos mais pobres no governo Temer e defendeu a realização de eleições diretas, ‘para que o Brasil saia da condição de ilegalidade institucional que vive atualmente’. “Todo mundo que quer ser presidente tem o direito de se candidatar. O que não pode é querer ser presidente dando um Golpe, na base da canetada.”, disse Lula.
Sobre a crise econômica e as medidas que o governo em exercício de Michel Temer, o ex-presidente defendeu que a solução da crise “não passa por penalizar as classes mais pobres da população, mas inclui-las no Orçamento”. Segundo ele, programas sociais realizados durante os governos do PT, de 2003 a 2016, como o Luz para Todos e o Bolsa Família, são uma prova de que investir na qualidade de vida e na capacidade de consumo da população mais pobre são a maneira mais justa e correta de se enfrentar uma crise econômica. “Levar luz para que uma mãe do sertão seja capaz de dar banho quente no seu filho é tão importante como garantir energia para encher a banheira de uma madame da avenida Paulista”, comparou o ex-presidente. “É por essas e outras que querem criminalizar a mim e ao meu governo. Somos perseguidos pelos nossos acertos. O que está acontecendo no Brasil é algo anormal. […] Deus tinha virado brasileiro. Será que desvirou? Eu não acredito.”, provocou.
Além de Lula, outras lideranças do PT estiveram no evento, como o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli.