Secretaria vai investigar morte de peixes em lagoa
A Secretaria de Meio Ambiente (Semmam) vai fazer exame físico-químico da água da lagoa principal da Pedreira – uma das três do conjunto destes espaços localizados na Conceição II, onde nesta terça-feira (05), apareceram peixes mortos. O exame pode apontar a causa – ou causas – que resultaram na morte destes animais. Segundo a Semmam, a maior parte dos peixes mortos, às margens da lagoa, é da espécie tilápia do Nilo – as maiores vítimas foram os maiores – não se constatou mortes de alevinos, sendo que muitos não tinham mais de dois centímetros de cumprimento. O mau cheiro no local indica a decomposição de matéria orgânica.
Na tarde desta quarta-feira (06), o educador ambiental da Semmam, João Dias, e a professora-doutora Hilda Teles, da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), estiveram na lagoa, e informaram que os peixes não devem ser consumidos. O banho também deve ser evitado por não se conhecer a concentração de coliformes fecais, que são indicadores da qualidade da água. Para a professora, as mortes dá indicativos de que a água está alterada. “A chuva trouxe concentrado de composto orgânico e bioquímico que precisam de oxigênio. E como são mais, ganham na competição com os peixes”. Mas, diz, com o tempo – que não precisou – a situação da qualidade da água volta ao normal. Inicialmente, explica a professora, o consumo pode provocar problemas intestinais. Numa segunda fase, nos organismos destes animais pode conter metais pesados – elementos químicos tóxicos, como mercúrio, chumbo, que, acumulados e com o passar dos anos, podem causar sérios problemas de saúde.
Moradores informaram que muitas pessoas capturaram muitos peixes na tarde de terça-feira, com o uso de tarrafas ou diretamente com as mãos, quando eles subiam à superfície – disseram que pareciam que estavam agonizando pela falta de oxigênio. O educador ambiental diz que o problema de poluição das lagoas é diretamente relacionado ao direcionamento de esgotos in natura para estes espaços. E que este problema apenas terá solução com educação ambiental e a universalização do saneamento básico.