Um dos nove mais votados e não reeleito, vereador defende mudanças na legislação
Mesmo tendo obtido quase 4 mil sufrágios (foram 3.920), representando a 9ª maior votação entre os mais de 600 candidatos, o vereador Lulinha (DEM) não conquistou a reeleição para a próxima legislatura, no período 2021-2024, que se inicia em 1º de janeiro.
Em pronunciamento na Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta quarta-feira (18), Lulinha disse que o fim das coligações partidárias para a eleição proporcional traz um prejuízo a candidatos bem votados, como foi o seu caso neste último pleito. O edil fez um apelo aos deputados e senadores para que sejam revistos os critérios. “Não perdi a eleição por falta de votos, mas porque o meu partido, sozinho, não conseguiu obter uma quantidade de votos para eleger mais vereadores”.
Ele defende que sejam eleitos os mais votados, independentemente de quais partidos representem os candidatos.
Aprovada em 2017 pelo Congresso Nacional, a emenda que veda as coligações partidárias nas eleições proporcionais determina que os candidatos a vereador concorram pela própria legenda e não como membros de uma aliança. Desta forma, não é mais possível fazer a transferências de votos de um partido para outro. “Acho que é uma experiência que não deu certo”, opina Lulinha, para quem a reforma eleitoral é prejudicial principalmente aos vereadores que tem mandato e lutam para mantê-lo por mais uma legislatura. No caso de Feira de Santana, a renovação atingiu cerca de 70% dos vereadores – apenas oito lograram êxito em sua tentativa de reeleição. (CMFS)