Referência em partos de alta complexidade, maternidade do HEC completa três anos
Inaugurada em dezembro de 2017, a maternidade do Hospital Estadual da Criança (HEC), uma unidade da Secretaria de Saúde do Estado, gerida pela Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, é referência na realização de partos de alta complexidade na Bahia. No próximo sábado (19), a maternidade completa três anos de funcionamento, com mais de seis mil partos realizados.
Com as limitações para a realização de encontros, o aniversário da Maternidade do HEC será celebrado on-line, em evento exclusivo para o público interno. A ideia é apresentar os setores e a operacionalização da maternidade aos colaboradores do hospital. As palestras acontecerão nesta sexta-feira (18), das 14h30 às 16h30.
“Com um foco em gestação de alto risco, a maternidade do HEC é referência em atendimento em Feira de Santana e cidades circunvizinhas. Para nós, é motivo de orgulho poder oferecer um atendimento de qualidade, humanizado em um momento tão especial para milhares de mães que nos procuram para gerar seus bebês”, ressalta o superintendente do HEC, Márcio Lima.
A coordenadora da Maternidade do HEC, Maria Oliveira, ressalta que o “serviço é caracterizado por uma assistência qualificada, desempenhada por especialistas capacitados para o manejo de agravos da gestação, tanto maternos quanto perinatais, além do suporte de uma equipe multiprofissional”.
São mais de 4,5 mil metros quadrados, com 104 leitos, sendo: 44 leitos obstétricos; 10 leitos de UTI Neonatal; 18 leitos UCINCO (Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais); 10 leitos UCINCA (Unidade de Cuidados Intermediários Canguru); 10 leitos de UTI Adulto (gestante) e 12 leitos de UTI Pediátrica.
Para a coordenadora médica da obstetrícia, Camila Lyra, a equipe da maternidade é movida pela gratidão das mães que são atendidas na unidade. “É difícil descrever o que move cada um para que a maternidade funcione em plenitude. Mas é como se todo amor, tempo, doação, sono, fome, dor, carinho, tudo fluísse para, no final, escutarmos o “muito obrigada” de cada paciente ou acompanhante”, afirma.
Pandemia – Com a pandemia da Covid-19, muitos obstáculos foram impostos, principalmente para os profissionais de saúde. Maria nos conta que o maior desafio encontrado foi não permitir que a situação pandêmica mudasse a assistência ofertada aos pacientes da maternidade.
“Continuamos com uma assistência qualificada e humanizada. Independente das vias de parto, trabalhamos com a humanização do atendimento. Apesar da Covid-19, nós tentamos tornar o ato de dar a luz o mais natural possível, com o menor número de intervenções. Mas o fato de termos uma UTI à disposição da paciente, nos dá a possibilidade de um atendimento muito qualificado e de primeira linha”, conclui.
Fato que é assegurado por Jamili Alves, 28 anos, que teve a primeira filha, Brenda Vitória, 6 meses, na maternidade do HEC. “Já tinha sofrido um aborto, porque tenho incompetência istmo-cervical, então era uma gestação de risco, por isso meu acompanhamento foi feito pela equipe do HEC. Só tenho a agradecer, pelo acolhimento e suporte. Foram dias difíceis por conta da Covid-19. Não podíamos ter acompanhantes, mas em todo momento eu tive o apoio do hospital, que estavam comigo a todo o momento”, agradeceu.
O HEC possui 44 leitos exclusivos para tratamento a pacientes com suspeita ou diagnóstico positivo para a covid-19. Destes, 10 são leitos pediátricos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 10 obstétricos de UTI, além de 18 pediátricos de enfermaria e mais seis obstétricos. (Ascom)