Vereador Jhonatas Monteiro – Foto: site Política In Rosa / Anderson Dias

Não está sendo fácil para o Governo Municipal com essa nova oposição. O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) tem produzido muitos requerimentos e ofícios de cobranças ao Poder Executivo. Em contrapartida não recebe nenhuma resposta, o que vai contra a Lei de Acesso à Informação. A Lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e é aplicável aos três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Jhonatas tem reclamado recorrentemente da falta de respostas por parte do Poder Executivo. Em seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta quinta-feira (13), voltou a falar sobre o assunto. “Isso tem acontecido com uma frequência mais do que abusiva e já se tornou criminosa”, disse.

Cobranças

O vereador elencou ainda as suas últimas iniciativas que, segundo ele, continuam sem qualquer resposta. No dia 25/03, ele disse que fez uma solicitação de audiência para tratar da situação da Rua Marechal Deodoro. “Existe um projeto alternativo para área que prevê um novo reordenamento com a permanência da Feira da Marechal e, mesmo em meio ao conflito, o Governo Municipal se recusa a responder sobre o projeto. E mais do que isso, sequer marcar a reunião”, afirmou.

Também no dia 25/03 houve uma carta saída da Casa da Cidadania subscrita por 16 vereadores que segundo o edil sequer teve uma devolutiva do prefeito. “A carta, pedia uma única exclusivamente coisa, que o Governo Municipal recebesse os trabalhadores(as) do dito Shopping Popular. Até hoje, isso permanece aberto”, reclamou.

No dia 20/04, a Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Proteção à Mulher, composta pelos vereadores Galeguinho SPA e Petrônio Lima e o seu, solicitou uma audiência para tratar sobre as filas que tomam conta da Caixa Econômica. “E que infernizam o dia a dia de muita gente de Feira de Santana e que são um vetor de contágio a mais do coronavírus. A audiência seria para questionar de que modo o Poder Público pode contribuir para solucionar essa situação das filas. A Prefeitura acha que não é com ela. Que esse problema compete a quem quer que seja menos ao Governo Municipal. Então, as filas continuam sem ordenamento, o trânsito na área continua complicado porque a SMTT não se faz presente, a Guarda Municipal não se faz presente, as pessoas continuam expostas ao sol e a chuva, e uma série de outros problemas porque essa reunião não foi realizada”, disse.

No dia 20/04, a Comissão de Educação e Cultura, composta pelo mandato dos vereadores Professor Ivamberg, Pedro Cicero e o seu, apresentou a solicitação de uma audiência para tratar sobre os precatórios do Fundef. “Permanece sem resposta. O Governo Municipal recebeu R$ 248 milhões em 2018 dos precatórios do Fundef e não consegue apresentar uma justificativa de onde foi parar o dinheiro e nem onde canaliza esses recursos para os profissionais da educação”, explicou.

O vereador disse que esteve no gabinete da chefia da Prefeitura para tratar com senhor Fanael. Lá, ainda conforme Jhonatas, o chefe do gabinete teria se comprometido na segunda-feira passada (03/04) a responder não só essas questões destas Comissões, mas de todas outras pendencias da Prefeitura. “E, até a presente data, nem sequer a palavra cumpriu. É nesse sentido que mais uma vez chamo atenção pelo desrespeito ao nosso trabalho quanto a vereadores(as), que o Governo Municipal tem conduzido no dia a dia”, reclamou.

Uma coisa é certa: o vereador oposicionista Jhonatas está provando que veio dificultar a vida do prefeito Colbert Martins e que vai fazer valer os seus direitos como representante do Poder Legislativo Municipal. Jhonatas foi o vereador eleito mais bem votado da cidade com 8.292 votos.