Membros da ‘CPI da Cesta Básica’ afirmam que chefe de divisão na Sedeso teria mentido em depoimento
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em curso na Câmara Municipal de Feira de Santana para apurar supostas irregularidades eleitorais na distribuição de cesta básica e de leite pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social à comunidade carente, no período de campanha do pleito municipal, ano passado, ouviu nesta sexta (21) mais um depoimento. Convocado, compareceu ao plenário do Legislativo o atual chefe da Divisão de Juventude da pasta, Emerson Tavares. Ele foi mencionado pelo denunciante e primeiro depoente da CPI, vereador Paulão do Caldeirão, como um dos envolvidos no trabalho de entrega dos alimentos.
Por cerca de três horas e meia, Emerson foi sabatinado inicialmente pelos integrantes da CPI, o presidente Emerson Minho (DC), a relatora Eremita Mota (PSDB) e o vice-presidente Sílvio Dias (PT). Em seguida, outros vereadores presentes à oitiva tiveram três minutos, cada, disponibilizados pela presidência, para também se dirigir ao depoente. Após todos os questionamentos, a sessão foi suspensa para que a ata fosse finalizada pela equipe que assessora a Comissão e subscrita pelos presentes, inclusive o depoente.
Tavares se negou a dar detalhes de como ocorria distribuição de cesta básica pela Prefeitura alegando que não fazia parte do setor responsável. Deixou várias perguntas sem resposta. Os membros da CPI consideram que ele teria mentido em seu depoimento, quando decidiu responder a alguns dos questionamentos que lhe foram feitos.
Os trabalhos na Câmara estão abertos para a imprensa com as restrições de público no plenário e nas galerias da Casa, atendendo a recomendações determinadas em protocolos preventivos contra infecção de Covid-19. A sociedade civil pode assistir a todas as atividades do Poder Legislativo, inclusive as sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito através de transmissão em tempo real pelo Youtube, realizada pela Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal.
Também estava convocado para depor no dia de hoje o servidor público nomeado Helenildo Sobral, mais conhecido nos meios políticos pelo apelido de “Gringo”, igualmente citado no depoimento de Paulão como partícipe da distribuição de cestas básicas e leite. No entanto, alegando estar com sintomas de coronavírus, apresentou atestado médico e não compareceu, devendo ser agendada uma outra data para que seja ouvido. A qualquer momento o presidente da CPI deverá divulgar quem será o próximo depoente a ser convocado – além de “Gringo”, já anunciado, bem como data e hora da sessão seguinte. (CMFS)