Prefeito de Feira destaca que aumento de ocupação pediátrica reforça necessidade de ampliar a vacinação para crianças
Em Feira de Santana, a taxa de ocupação pediátrica dos leitos Covid é de 78%. O índice chama a atenção para o aumento dos casos da doença entre crianças e foi destacado como medida necessária a ampliação da vacinação para este público pelo prefeito Colbert Filho, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 6.
O aumento das internações mostra que, por não estarem vacinadas ainda, as crianças “são potenciais transmissoras e, agora, estão apresentando infecções respiratórias, com necessidade de internação em leitos de UTI pediátrica”, afirma o prefeito, que já solicitou a ampliação da faixa etária da vacinação ao Ministério da Saúde.
Neste momento, a aplicação da primeira dose no município é destinada para o público de 12 anos acima. Na avaliação do médico Francisco Mota, ex-diretor do desativado Hospital de Campanha, é natural que ocorra esse aumento de casos na população não vacinada. “É uma preocupação no país inteiro. Normalmente as crianças não desenvolvem a doença na forma grave, mas são agentes de transmissão”, explica.
Apesar disso, os dados de vacinação da população são satisfatórios. Em Feira de Santana, 470.381 mil habitantes tomaram a primeira dose da vacina contra Covid. Desse total, 392.122 estão vacinados com a segunda aplicação. Isto significa que 93% da população que deve tomar vacina já receberam a primeira dose.
Diante dos riscos com a chegada da variante Ômicron no país, o prefeito Colbert Filho descarta a possibilidade de desobrigar o uso da máscara, mesmo que seja em ambientes abertos. “Estamos realizando a genotipagem dos exames e até o momento não identificamos a variante no município. No mundo, 18 países já confirmaram a presença do vírus e no Brasil são seis casos. Tudo indica que tem alto poder de infecção, mas de baixa letalidade. Mesmo assim, a proteção mecânica, como a máscara, ainda é necessária”, afirma Colbert Filho.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Brito, comparou a quantidade de pessoas que ainda não tomaram a primeira dose à capacidade de um estádio de futebol. “São em torno de 40 mil pessoas que precisam tomar a vacina. As medidas de prevenção, como uso da máscara e higienização das mãos, são muito importante, mas a vacina é extremamente eficaz. Então peço a quem ainda não se vacinou que procure a unidade de saúde”, apelou. (PMFS)