“Uma parcela do PP não viria com a gente mesmo que desse o cargo de governador”, diz Jorge Solla
O deputado federal Jorge Solla (PT), esteve na cidade de Jequié, nesta segunda-feira (21,) para a inauguração do Hospital da Criança. Em entrevista coletiva, o deputado disse que está extremamente confiante de que o PT vencerá as eleições, como venceu com Rui Costa em 2014 e 2018.
Para Jorge Solla, a aceitação e a receptividade do nome Jerônimo Rodrigues têm sido muito boas. “Hoje já tivemos uma pesquisa que mostrou que essa receptividade é forte. Ela tem uma relação estreita com a avaliação que a população faz dos governos do PT no Estado e com a expectativa de retorno do presidente Lula. O povo baiano quer ir às urnas em outubro votar Lula, votar PT no governo da Bahia novamente, no caso em companheiro Jerônimo Rodrigo, que será o nosso candidato. Precisamos ainda ter uma bancada ainda maior de deputados federais e estaduais”, afirmou.
Solla ressaltou ainda que é candidato à reeleição e não quer mais ser deputado de oposição, mas de situação. Ele disse que foi eleito em 2015 e quando entrou não sabiam ainda como iam derrubar a Dilma. “Já entrei no meio do fogo cruzado. Os caras já entraram ali para detonar com a Dilma. Então foi um ano e meio de pancada e depois do golpe que eles conseguiram finalmente dar. De lá pra cá eu estou fazendo política de redução de danos. Estou todos os dias sentindo que eu estou com o pé na porta tentando diminuir o estrago e reduzir a destruição que o governo Bolsonaro vem fazendo. Agora eu quero ajudar Lula a reconstruir o Brasil. A refazer a capacidade do Governo Federal e ajudar a vida e a saúde da população brasileira”, disse.
Saída do PP da base governista
Questionado se teria criado algum tipo de rancor ou mágoa pela saída do PP da base, Solla afirmou que com ele não tem esse negócio de rancor ou mágoa. Ele chamou atenção para dois aspectos. “Vocês acompanham tanto quanto eu a política aqui na Bahia e no cenário nacional. O PP, o PP da Bahia já está no governo Bolsonaro desde os primórdios. Não vamos esquecer que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, é do PP. Não vamos esquecer que o partido que vai colocar o vice de Bolsonaro será o PP. E não vamos esquecer que a bancada do PP estava na base do governador Rui Costa, mas estava o tempo todo em Brasília votando com o governo Bolsonaro, ou seja, eles participaram das políticas públicas do governo Bolsonaro tão negativas para a população”, falou.
Outro aspecto que Solla chamou atenção foi que boa parte de lideranças, de deputados e prefeitos do PP já não viriam com o grupo há muito tempo. “Vocês conhecem o deputado Dal? Dal está fazendo campanha para ACM Neto há mais de um ano, não é de agora. Eu posso citar para você o nome de várias lideranças do PP que já estavam na campanha de ACM Neto. Aqui na região, inclusive, com Leur Lomanto que era do DEM agora do União Brasil. Tinha liderança do PP aqui na região que estava já fazendo campanha para Leur Lomanto e de tabelinha pra ACM Neto. Então uma parcela do PP não viria com a gente mesmo que você desse o cargo de governador para o PP”, disse.
Do outro lado, ainda conforme o deputado, existe uma outra parte que ele não sabe quantificar, que está com o PT e continuará. “Ontem eu estava em Jitaúna, estávamos lá com a prefeita Maria de Ipiaú, com o prefeito Patrick de Jitaúna, que inclusive se desfiliou do PP, se filiou no Avante. Estivemos com o prefeito de Lajedo Tabocal e com vários prefeitos aqui da região que já estão declarando apoio a Jerônimo”, relatou.
O deputado Jorge Solla ainda afirmou que esteve em Vitória da Conquista na sexta-feira passada e tinha mais de 30 prefeitos. “Desses, oito ou nove eram do PP. Então eu tenho certeza que parcela importante, não vou dizer a você que é 30%, 40%, 50%, mas eu diria que é uma parcela significativa do PP estará e já está conosco na campanha de Jerônimo”, afirmou.