Cesta básica em Feira de Santana

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A cesta básica de Feira de Santana subiu 3,69% em abril, chegando a R$ 529,71. No ano, a cesta básica acumulou alta de 13,66%. Nos últimos 12 meses, o incremento foi de 28,23%, em consonância com a elevação dos preços dos alimentos observada em todo o Brasil. No mundo, a situação não tem sido diferente, vale registrar que o Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) vem atingido seus maiores níveis desde o início da sua avaliação, em 1990.

Segundo os professores e alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) ligados ao Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, apenas a banana-prata apresentou queda de preço médio em abril (-1,48%), os demais 11 produtos que compõem a cesta tiveram preços médio majorados no mês. As maiores altas foram as do feijão (8,49%), tomate (7,30%), açúcar (6,97%), manteiga (6,80%) e leite (6,05%). Em patamar menor, mas ainda em percentual próximo ao aumento verificado no conjunto da cesta (de 3,69%), apresentaram alta de preço médio o arroz (3,89%) e a farinha (3,35%).

No trimestre, a alta verificada de 7,71% foi impulsionada pelo óleo de soja (26,57%), seguido pelo feijão (18,93%), farinha (13,15%), manteiga (11,73%), açúcar (10,42%), leite (10,14%) e tomate (8,95%). Os demais alimentos também tiveram elevações, mas em patamar inferior ao do conjunto de produtos pesquisados.

Nos últimos 12 meses, para a variação do valor da cesta, de 28,23%, apenas o arroz não contribuiu para o incremento, uma vez que foi o único alimento a registrar queda de preço médio (-8,11%). %. Nesse período, os alimentos que apresentaram as maiores altas foram o tomate (121,3%), o café (77,08%), o açúcar (44,01%) e o óleo de soja (39,11%).

O prato de almoço do cidadão feirense – arroz, feijão e carne – respondeu por 35,98% do valor da cesta básica de abril, percentual pouco inferior ao observado em março, que foi de 36,20%. A explicação para essa queda está no preço médio da carne que subiu menos (1,63%) que a elevação de toda a cesta. O café da manhã – pão, manteiga, café e leite – representou 27,80% do custo da cesta (percentual próximo ao verificado no mês anterior, de 27,75%). As duas refeições juntas participaram com 63,78% do valor total da cesta.

No que se refere ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), o valor da cesta básica comprometeu 47,25% do ganho do trabalhador em abril. Trata-se de um comprometimento de 1,68 ponto percentual a mais do que o calculado em março (45,57%). Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra da cesta, verifica-se um consumo de 103 horas e 56 minutos em abril, o que significa um aumento do tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta em três horas e 42 minutos em relação ao observado em março.

Veja AQUI o boletim completo. (Ascom/Uefs)