Turismo de negócios cresce 50% em Salvador
Com o final da alta temporada e do verão, um setor que começa a se aquecer é o turismo de negócios em Salvador. O setor movimentou cerca de R$ 1 bilhão na economia soteropolitana no ano passado e a expectativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) é de que os números sejam superados. Somente o Centro de Convenções de Salvador teve um aumento de 50% na procura para eventos nos três primeiros meses de 2023, em relação ao mesmo período de 2022.
Em todo o ano passado, foram realizados 97 eventos no Centro de Convenções de Salvador. Já marcados para 2023, serão 150 atividades até o final de dezembro. O crescimento é de mais de 54%.
Para o secretário municipal de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, investir no turismo de negócios é estratégico e fundamental para aquecer a economia soteropolitana. “Temos hotéis mais estruturados e também os mais em conta, táxi, transporte público, exposições e muitos outros atrativos. Esse valor de R$ 1 bilhão é o que conseguimos contar. Eu diria que é muito mais. Se você imaginar quanto que o lazer e a felicidade de estar em Salvador multiplicam para a cidade, esse valor é muito maior”, ponderou.
O investimento no setor, para o gestor municipal, é fundamental para a economia de Salvador nas quatro estações. “O turismo de negócios tem uma importância enorme porque ele quebra a sazonalidade, faz com que a gente mantenha a cidade cheia de turistas o ano inteiro. Além disso, ele ativa de várias formas a economia local. Os restaurantes, por exemplo, quando tem um evento como esses ficam lotados. As pessoas não querem só trabalhar. Se fosse para ficar só numa sala fechada, ficariam em suas cidades”, argumentou Tourinho.
Após a crise econômica e a escassez de eventos por conta da pandemia, o bombeiro civil Adilson Santos só atua na área quando tem oportunidade. Ele foi contratado para atuar em um evento que será realizado, esta semana, no Centro de Convenções de Salvador. “No período mais difícil, fizemos umas correrias para suprir as necessidades. Na pandemia estava tudo parado, mas, agora, está sendo muito gratificante”, comemorou.
Para o diretor do Centro de Convenções, Ludovic Moullin, os atrativos da capital baiana e a estrutura do equipamento municipal são determinantes para que mais eventos aconteçam em Salvador. “O trabalho que a cidade faz para trazer eventos e para fazer de Salvador um destino atrativo é extremamente importante. Isso é o principal. Fora que hoje podemos contar com um equipamento de grande porte, um dos maiores centros de convenções de todo o Brasil, que está na capital baiana”, afirmou.
Perfil do turista – Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador traçou o perfil do turista de negócios que vem para a capital baiana. De acordo com a pesquisa, a maioria (59,3%) é do sexo masculino, tem renda superior a R$ 5,6 mil, é empregado do setor privado (41,2%) e fica em média sete noites em Salvador.
A média de gastos por turista que vem a negócios é de R$ 1.131,00 e os hotéis são a principal forma de hospedagem (40,6%). Para o presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH), Luciano Lopes, é esse setor que mantém altas as taxas de ocupação na capital.
“Um dos fatores positivos é que esse cliente vem para a cidade e muitas vezes tem a oportunidade de estender alguns dias para fazer lazer. Outras vezes, ao conhecer a cidade através de uma reunião, o turista volta posteriormente, o que é fundamental para que a ocupação em Salvador esteja sempre acima de 50%”, afirmou. (Ascom/Secult)