Produção industrial baiana registrou queda de 2,3% em julho
Em julho de 2024, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia registrou recuo de 2,3%, em comparação ao mês imediatamente anterior. Essa foi a segunda queda consecutiva no indicador. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou acréscimo de 2,6%.
No período de janeiro a julho de 2024, o setor cresceu 2,4%, e no indicador acumulado dos últimos 12 meses teve aumento de 1,6%, todas as comparações em relação ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Na comparação de julho de 2024 com 2023, o acréscimo de 2,6% foi puxado pelo desempenho positivo de sete das 11 atividades pesquisadas. Produtos de borracha e material plástico (15,6%) registrou a maior contribuição positiva, devido ao aumento na produção de pneus novos para automóveis, camionetas e utilitários.
Outros segmentos que registraram crescimento foram: Produtos químicos (7,5%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (55,0%), Metalurgia (12,2%), Bebidas (14,9%), Produtos alimentícios (0,3%) e Couro, artigos para viagem e calçados (1,0%). Por sua vez, a Indústria extrativa (-12,5%) exerceu a principal influência negativa, explicada especialmente pela menor fabricação de gás natural e minérios de cobre em bruto. Outros resultados negativos no indicador foram observados em Derivados de petróleo (-1,0%), Celulose, papel e produtos de papel (-3,5%) e Produtos de minerais não metálicos (-4,1%).
No acumulado de janeiro a julho de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, a indústria baiana acumulou acréscimo de 2,4%, com oito das 11 atividades pesquisadas assinalando crescimento da produção. O setor de Derivados de petróleo (3,5%) registrou a maior contribuição positiva, graças ao aumento na produção de óleo diesel, querosene de aviação e gasolina. Outros segmentos que registraram crescimento foram: Produtos de borracha e de material plástico (9,4%), Produtos químicos (3,0%), Celulose, papel e produtos de papel (5,7%), Indústrias extrativas (7,4%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,3%), Produtos alimentícios (2,1%) e Bebidas (7,8%). Por sua vez, o segmento de Metalurgia (-18,7%) exerceu a principal influência negativa no período, explicada especialmente pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre. Outros resultados negativos no indicador foram observados em Produtos de minerais não metálicos (-9,0%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-3,8%).
No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana acumulou taxa de 1,6%. Seis segmentos da indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Derivados de petróleo (5,1%) com a maior contribuição positiva no indicador. Outros segmentos que registraram avanço foram: Produtos alimentícios (5,6%), Produtos de borracha e material plástico (5,5%), Bebidas (5,6%), Celulose, papel e produtos de papel (1,6%) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,9%). Em contrapartida, os resultados negativos no indicador foram observados em Metalurgia (-14,8%), Produtos químicos (-2,7%), Produtos de minerais não metálicos (-10,7%), Indústria extrativa (-0,6%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-2,0%).
Comparativo regional
O aumento da produção industrial nacional, com taxa de 6,1% na comparação entre julho de 2024 e o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por 13 dos 17 estados pesquisados, destacando-se Paraná (14,1%) e Amazonas (12,0%) com as principais taxas positivas. Por outro lado, Mato Grosso (-2,2%) e Maranhão (-1,9%) registraram as principais variações negativas nesse mês. A indústria da Bahia ocupou a 12ª posição entre as maiores taxas.
No período de janeiro a julho de 2024, todos os locais pesquisados no país registraram taxa positiva, com destaque para os avanços mais acentuados em Rio Grande do Norte (19,7%), Ceará (7,6%) e Santa Catarina (6,5%). O estado do Rio Grande do Sul impactado pelas enchentes no período, registrou taxa positiva de 0,4%. (Ascom/SEI)