Exportações baianas tem queda de 23,4% em junho
As exportações baianas registraram queda de 23,4% em junho, alcançando US$ 499,8 milhões. O valor também é menor que os US$ 704,7 milhões registrado em maio. No semestre, as exportações baianas alcançaram US$ 3,42 bilhões, uma redução de 3,1% sobre igual período do ano passado. As informações foram apuradas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (Sei), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
A queda nas exportações em junho se deve a redução dos embarques em 21,2%, fato que antes só ocorreu em janeiro, único mês em 2016 que registrou retração nas vendas externas até então. A queda expressiva no volume embarcado em junho ocorreu porque o pico das exportações de soja aconteceu este ano no mês de maio, com o embarque de 493 mil toneladas. No ano passado, esse fato ocorreu justamente em junho, com 381 mil toneladas. Em junho de 2016, os embarques de soja ficaram em 184 mil toneladas, 51,6% inferiores ao ano passado.
Além da soja, em junho houve redução nos embarques físicos de derivados de petróleo em 60,5%; metais preciosos (-56,6%) e produtos metalúrgicos (-6,2%). “ “Como a recuperação das exportações tem se dado em cima do aumento do volume embarcado, qualquer redução no volume de embarques tem forte reflexo nas receitas apuradas”, explica o coordenador de Comércio Exterior da Sei, Arthur Cruz.
No semestre, o valor menor das vendas externas baianas, decorre de uma queda nos valores dos produtos de exportação do estado, de 13,5% em média no semestre em relação a 2015. No caso da soja, por exemplo, o preço foi 14% menor que o de um ano atrás. A celulose caiu 18%, os petroquímicos 25%, os metalúrgicos 33% e os derivados de petróleo 42%.
As empresas tentaram compensar a redução do preço vendendo mais produtos e a quantidade de exportações baianas cresceu 12% no semestre, contra igual período de 2015. No caso da soja, por exemplo, a quantidade embarcada aumentou 7%. A celulose, +1%, os petroquímicos +22%, os metalúrgicos +94% e os derivados de petróleo +46%. No semestre, apesar da queda de 2%, a China continua liderando as compras de produtos baianos seguida da UE e dos EUA, esse último registrando a maior expansão entre os principais mercados: 23,5%.