metalurgicosDiversas entidades metalúrgicas do país se reuniram no último dia 8 de setembro, em São Paulo, para unificar a luta em defesa dos trabalhadores. Os dirigentes sindicais avaliam que as reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo governo federal são um ataque aos direitos dos trabalhadores, aos movimentos sociais e ao movimento sindical. Como já era alertado por diversos setores da sociedade, com o impeachment consumado o atual governo pretende atender com rapidez aos interesses de setores empresariais. Com isso, propostas como a flexibilização da CLT, aumento da carga horária de trabalho, a possibilidade do negociado prevalecer sobre o legislado nas relações trabalhistas, idade mínima para aposentadoria, a proposta de terceirização para atividades-fim, entre outros projetos, são ameaças reais que surgiram no horizonte dos trabalhadores.

Por esses motivos, os metalúrgicos do país irão paralisar suas atividades no dia 29 de setembro. Será um ato contra as reformas em curso e com um indicativo de greve geral, caso os projetos que tramitam contra os trabalhadores não sejam descartados pelo Congresso Nacional. “Não temos como recuar, agora temos que tomar conta das ruas para garantir os nossos direitos”, convoca o presidente da FITMetal, Marcelino Rocha. Sobre uma greve geral ele aponta que a proposta é real e os metalúrgicos, somados a outras categorias, irão trabalhar firmes para isso. “É importante que os trabalhadores e as entidades sindicais participem das atividades conjuntas e discutam no local de trabalho formas de unidade necessária para construir e participar das paralisações que ocorrerem e de uma, cada vez mais próxima, greve geral”, completa.