Advogado de Associação critica Shopping Popular
O advogado da Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes (AFEVA), Rodrigo Lemos, esteve na manhã desta quarta-feira, 07, na Câmara Municipal de Feira de Santana para explanar a respeito das cláusulas contratuais entre a Prefeitura e o consórcio responsável pela construção e distribuição de boxes do Centro Comercial Cidade das Compras – Shopping Popular. Na oportunidade, Rodrigo Lemos explicou aos vereadores e ambulantes presentes nas galerias da Casa, que a Prefeitura concedeu o prazo de cinco anos ao consórcio para acomodar os 1800 camelôs cadastrados. “Desde 2014 conta-se a história de revitalização do centro comercial de Feira de Santana. A Prefeitura pretende com esta obra retirar das ruas 1800 vendedores. Mas, segundo estudos realizados pela UEFS, só no centro de Feira trabalham mais de 9 mil ambulantes”, informou o advogado.
Ele também teceu duras críticas à concessão de uma área do Centro de Abastecimento que, segundo ele, é a região mais rentável de Feira de Santana. “O entreposto desempenha um papel essencial e histórico para a cidade. É um local supervalorizado. O Município entregou o Centro de Abastecimento e R$ 13 milhões nas mãos de um empresário que responde por inúmeros processos em São Paulo, Minas Gerais e Manaus”, lamentou. Direcionando a fala para os ambulantes, o advogado forneceu informações sobre a lei do inquilinato estabelecida no contrato do empreendimento. “Se o vendedor cadastrado não pagar as taxas exigidas pelo consórcio será desapropriado, ou seja, vocês não estão resguardados em nada”, frisou.
Ao concluir, Rodrigo Lemos se colocou a disposição dos vendedores e vereadores para esclarecer dúvidas.