“Alguém vai ter que ceder”, diz presidente da ALBA sobre montagem de chapa
O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), em entrevista coletiva nesta segunda-feira (13), na inauguração da 21ª Policlínica Regional de Saúde em Serrinha, falou que acredita que nas próximas eleições o candidato a governador será Jaques Wagner (PT) ou Otto Alencar (PSD). Adolfo crê também que o governador Rui Costa ficará até o final do seu mandato. “Caso Otto não seja candidato ao governo, será candidato a reeleição ao Senado. É isso que eu vejo. Claro que nós temos o nome do vice-governador João Leão e que tem todas as condições políticas e técnicas de ocupar qualquer cargo, mas só tem três vagas e onde tem três não cabe quatro. Tem uma vaga de Senador, uma para Governador e uma para Vice-governador. Alguém vai ter que ceder. Mas faz parte, isso é pelo bem da Bahia”, relatou.
Sobre a possibilidade da base rachar, Adolfo disse que não acredita até porque o projeto, que se iniciou há mais 14 anos com governador Jaques Wagner, é exitoso e de muitas realizações. “O povo da Bahia está vendo o que está acontecendo no Brasil quando você não tem um gestor competente. Mesmo o governador Rui Costa sendo contra o presidente Bolsonaro e sem receber recursos federais, ele faz uma administração espetacular. É claro que não estou dizendo com isso que não temos problemas nas estradas, saúde, educação, mas ele tem feito o que ninguém nunca fez. Então esses homens são experientes e irão querer continuar aonde é melhor para o povo da Bahia. Como deputado e presidente da Assembleia, estarei nesse projeto que tem levado desenvolvimento para toda Bahia”, afirmou.
Descontentamento de Marcelo Nilo
Adolfo também comentou a situação do deputado estadual Marcelo Nilo (PSB) que parece não estar satisfeito com a sua situação na base. “Na vida sempre falta alguma coisa e nós nunca vamos dizer que tem tudo. É a vida. E, se todo mundo tivesse tudo, a vida não tinha graça e sempre vai faltar alguma coisa. Nilo é meu amigo particular. É natural que cada um estique de um lado ou de outro, mas na hora certa tudo se acalma. Por exemplo, sou presidente da Assembleia e às vezes me perguntam se não vou ser candidato a senador porque o ex-presidente Angelo Coronel saiu da presidência da ALBA para ser senador. Eu digo sempre que querer eu quero. Também quero ser Papa, mas não vou ser. Tem que se saber qual a sua hora e o seu lugar. Sei que tenho toda competência para ocupar qualquer um desses cargos, mas sei também que tem lideranças políticas que são mais fortes do que eu, com mais peso político e estão na minha frente”, enfatizou.
Questionado sobre como contornar a “vaidade” dos partidos que acham que muitos têm mais e outros têm menos, Adolfo Menezes afirmou que todas as eleições acontecem da mesma forma. “Tem gatinho que acha que é leão, têm outros que não tem mais dentes e está mordendo. Faz parte. Mas na hora certa todo mundo vai ver qual é o peso e vai escolher o que é bem maior da população. Acredito que estaremos todos juntos”, ressaltou.