Após professores decretarem greve, ida da categoria a Prefeitura foi marcada por confusão

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Em uma assembleia, que aconteceu nesta quinta-feira (31), às 9h, a APLB Feira decidiu que a categoria entraria em greve por tempo indeterminado. A assembleia aconteceu na sede no sindicato que fica na Rua Barão de Cotegipe. A determinação da greve aconteceu depois que a Secretaria de Educação não atendeu a nenhuma das reivindicações dos professores. Dentre elas, o pagamento do piso salarial nacional da educação.

Após isso, os professores resolveram fazer uma manifestação na Câmara Municipal de Feira de Santana. Ficou decidido então que, junto com alguns vereadores, a categoria iria para a Prefeitura Municipal de Feira de Santana tentar uma negociação com o prefeito Colbert Martins. Foi quando aconteceu uma confusão generalizada entre os professores, alguns vereadores e guardas municipais.

Uma professora passou mal e foi atendida pelo Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Silvio Dias (PT) acusa a Guarda Municipal de ter usado spray de pimenta no meio da confusão, o que causou o mal estar da professora citada anteriormente.

Na frente da confusão estavam os vereadores Silvio Dias, Jhonatas Monteiro (PSOL) e o presidente da Casa, Fernando Torres (PSD). Foi impedido o acesso de todos as dependências do Paço Municipal.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Feira de Santana acusa a manifestação de ser político-partidária. O governo municipal explica ainda que a Guarda agiu com a energia necessária para defender o patrimônio público. Leia a nota abaixo.

NOTA OFICIAL DO GOVERNO

O que está acontecendo na Prefeitura Municipal é uma manifestação político-partidária, com professores ligados à APLB, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Torres, vestido com uma camisa do PT, o vice-presidente da Câmara Municipal, também do PT, Silvio Dias, o vereador Jonathas Monteiro, do PSOL, e outros da oposição.

A Guarda Municipal agiu com a energia necessária para exclusivamente defender o patrimônio público, até porque o prédio da Prefeitura Municipal é tombado como patrimônio histórico e cultural. Os manifestantes chegaram a danificar algumas portas, quebrando vidros. 

Ainda ontem à noite, o Governo Municipal manteve uma reunião de negociação com os professores, garantido o pagamento do piso salarial Nacional. A invasão à Prefeitura é um total desrespeito ao povo de Feira de Santana e surpreende que autoridades constituídas, como o presidente do Poder Legislativo, esteja na liderança de um ato de vandalismo como este.      

Piso salarial

Também na manhã desta quinta-feira (31), o Governo Municipal anunciou que todos os professores da rede municipal cujos salários estão abaixo do piso nacional para a categoria serão beneficiados com o reajuste de 33,24%, conforme recomenda a legislação.

O reajuste de 33,24% foi anunciado pelo Governo Federal no último mês de fevereiro e eleva para R$ 3.845,63 o salário inicial da categoria para a jornada de 40 horas semanais. Em Feira de Santana, a Prefeitura efetuará o pagamento dos salários com o novo aumento a partir do mês de abril.

Os demais professores deverão ser beneficiados com outro reajuste que ainda está em estudo pelo Governo Municipal e será anunciado em breve. O percentual deverá ficar em torno dos 10%.

O piso nacional da categoria é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do magistério público da educação básica, em início de carreira. A lei nº 11.738 de 2008, que institui o piso, estabelece que os reajustes devem ocorrer a cada ano, em janeiro.

(Boca de Forno News)