Assembleia celebra luta pela reforma agrária
Os integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) receberam ontem pela manhã, em sessão especial, proposta pelo deputado Bira Corôa (PT), no plenário da Assembleia Legislativa, uma grande homenagem pelo Dia Internacional da Luta Camponesa, em memória aos 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás.
Cerca de quatro mil integrantes do MST lotaram todas as dependências do plenário da Casa e também do pátio externo do prédio anexo. A sessão especial foi aberta pelo próprio presidente do Poder Legislativo, deputado Marcelo Nilo (PSL), que fez questão de destacar, para os membros do MST, que era uma grande satisfação tê-los na Assembleia, pois esta é a Casa do povo. Ele aproveitou também para elogiar o proponente do evento, Bira Corôa, pela homenagem que foi realizada.
Portando muitas bandeiras e faixas, os homenageados uniformizados chegaram na Assembleia com instrumentos de percussão, gritos de guerra e cantando letras alusivas à luta que travam pela reforma agrária, mas prometendo também intensificar as ocupações, enquanto não são atendidos, pois mais da metade das terras do país, estão em poder de 40 mil posseiros.
O deputado Bira Corôa que, a exemplo do presidente Marcelo Nilo, também foi aplaudido calorosamente e depois da execução do Hino Nacional, iniciou sua participação, justificando.
“Quero fazer uma saudação muito especial a esses companheiros. Considero o MST o maior símbolo de resistência da nossa luta. Não vamos celebrar e também não vamos comemorar essa data em que nossos irmãos foram abatidos no campo. Vamos, sim, fazer este registro em respeito a todos os acampados e assentados e desejar um dia de muita luta”, disse Bira, lembrando que o Estado possui 10.397 famílias assentadas em 146 assentamentos e 25.460 acampados divididos em 10 regiões da Bahia.