:: ‘Legislativo feirense’

O vereador Cadmiel Pereira (PSC) chamou atenção do Governo do Estado para a  falta de serventuários e o andamento processual nas comarcas do estado da Bahia, sobretudo em Feira de Santana. “Nós estamos vivendo dias em que o direito do cidadão e cidadã está complicado em poder o requerer, em virtude da dificuldade do atendimento dado pelo Poder Judiciário. Os advogados em  Feira de Santana, que têm o papel de ir até as comarcas, para poder representar o interesse de cada cidadão e de cada cidadã que o dá procuração para resolver problemas, têm encontrado hoje, no Fórum Filinto Bastos e nas comarcas Bahia afora, uma dificuldade de atuação, porque tem até comarca que não tem juiz”, queixou-se.

E as denúncias do vereador Zé Filé (PROS) sobre o governo municipal continuaram. Dessa vez o vereador falou sobre um amigo dele que precisou dos serviços da policlínica do Feira X. De acordo com o edil, ao chegar no local o rapaz precisou tomar uma injeção e não tinha agulha para a aplicar a medicação. Zé ressaltou ainda que acredita que o prefeito José Ronaldo não sabe dessa situação. “Ele tem que colocar gente de confiança nesses setores para  que os medicamentos sejam usados pelas pessoas que realmente precisam”, sugeriu informando que o amigo comprou uma agulha para ser medicado.

O vereador Isaías de Diogo (PSC) concordou com as denúncias do vereador Zé Filé de que há problemas na área da saúde do bairro do Feira X e ressaltou que as denúncias realizadas pelo colega são gravíssimas. Isaias disse ter ouvidos em programas de rádio moradores reclamando dessa situação. Ele admitiu que o Feira X tem sim problemas e acredita que agora, com a oposição forte do vereador Zé Filé, algumas coisas em relação à saúde irão mudar. “Quantas coisas eu falava aqui e não me davam ouvidos. Agora terão que dar”, falou.

O vereador José Carneiro (PSDB) criticou o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, pelo anúncio de que quatro hospitais psiquiátricos baianos serão descredenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre eles, o Hospital Especializado Colônia Lopes Rodrigues em Feira de Santana.

“A situação da saúde em nosso país, em particular em nosso estado, é calamitosa. No que se refere à questão de atendimento psiquiátrico, a gente sabe, pois acompanho através da imprensa, dos noticiários, que a cada dia o número de leitos oferecidos aos pacientes de psiquiatria tem reduzido. Em vez de anunciar a criação de novos leitos, eles anunciam o fechamento de quatro hospitais psiquiátricos”, criticou.

O vereador Tom (PEN) é o autor do requerimento de nº 48 que pede informações à secretária Municipal de Saúde, Denise Lima Mascarenhas, sobre as cirurgias ortopédicas feitas na cidade. A matéria questiona ainda quais são os hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização desses procedimentos.

Tom ressaltou que esse era mais um requerimento que não macularia a imagem do Município de Feira de Santana, mas lembrou que conseguir procedimentos ortopédicos é muito difícil. “Aos médicos de Feira de Santana que recebem para esse procedimento denunciarei à Polícia Federal. Estão dizendo aos pacientes que estes procedimentos não são feitos em certos hospitais com a justificativa de que o SUS não cobre, sendo que eles têm convênio com o Município, com cota do SUS”, denunciou.

O vereador Isaías de Diogo (PSC) na manhã desta quarta-feira (15) na Câmara Municipal de Feira de Santana, denunciou que uma empresa fez a cobertura de um córrego na avenida José Falcão da Silva. O edil classificou o ato como crime ambiental. “Eu quero saber quem autorizou essa empresa fazer um crime aqui na José Falcão, lá no antigo J.Santos. Esse córrego aqui recebe todos os dejetos de várias residências daquela região”, alertou Isaías, afirmando que a empresa agiu de forma irresponsável, provavelmente para aumentar a área do seu terreno. Isaías solicitou do presidente da Casa da Cidadania, Reinaldo Miranda – Ronny (PHS), que convocasse a Comissão de Meio Ambiente da Câmara para apurar os fatos e pedir esclarecimentos por parte do poder público.

Na discussão da proposta de emenda a Lei Orgânica do Município para que volte a reeleição da Mesa Diretiva, a vereadora Eremita Mota (PSDB) falou sobre a última eleicao para presidente da Casa. Eremita disse que foi procurada pessoalmente pelo vereador Justiniano França (DEM) para apoiar o vereador Roberto Tourinho (PV) para a presidência da Casa e garantiu a ele o seu voto pela empatia que tinha pelo colega. Todos sabem que o vereador Justiniano foi um dos que estiveram à frente da eleição do atual presidente, o vereador Ronny (PHS), para a presidência da Casa.

A vereadora disse ainda que Tourinho chegou a ter nove votos e que até hoje Justiniano tem uma rusga para com ela. “Eu não me importo dele não falar comigo. Não dependo dele para sobreviver. As pessoas verdadeiras incomodam”, disparou.

Tourinho não se furtou em dar a sua versão do caso. Ele confirmou tudo que a colega disse. De acordo com ele, a eleição terminou no dia 2 de outubro, no dia 3 recebeu uma ligação do vereador Justiniano França propondo o seu nome para a presidência da Casa e no dia 4, na casa do suplente de deputado federal Zé Chico, houve uma reunião entre os três. Tourinho ainda revelou por intermédio de Justiniano foi procurado para outras reuniões. “Mas para mim águas passadas não movem moinho”, disse.

Indignação

O vereador José Carneiro (PSDB) se mostrou indignado com a ação do colega Justiniano França, já que o mesmo foi até ele e pediu votos para o vereador Ronny. Tourinho disparou: “Se o senhor quiser se indignar mais, no meu escritório, sentamos eu, Justiniano e Cadmiel Pereira (PSC) e fizemos uma chapa”.

O vereador Alberto Nery (PT) apresentou denúncias sobre o canal de esgoto do bairro Feira X, cobrança de taxa pelo uso do banheiro do Terminal Central e a construção de um posto de combustível em uma área pública. “Ouvi Isaías falando sobre os desmandos que se encontram em nosso Município e quero aqui concordar com a fala do colega, pois na Legislatura passada trouxe à Casa uma denúncia do mesmo canal de esgoto do Feira X, afirmando que havia uma segunda via pavimentada, onde alguém se aproveitou e o fechou. Fotografei, denunciei e a Prefeitura não se pronunciou. Mas, hoje há uma empresa particular cobrindo aquele córrego, que segundo informações é proibido. Portando, fica a prova desse desmando’, disse Nery.

Posto de combustível

Nery ainda denunciou à construção de um posto de combustível no final da rua Tomé de Souza. “Uma área pública e quando questionei me argumentaram que existe uma cadeia sucessória. O Ministério Público também está nos devendo explicações sobre uma área pública que foi invadida por um particular, próximo ao Motel Hollywod. Também estivemos no local e fizemos a denúncia ao MP, mas ficamos com cara de palhaço”, lembrou.

Banheiro

O petista criticou também a cobrança para o uso dos banheiros no Terminal Central. Segundo ele, o Poder Público não pode exigir mais despesas das pessoas menos favorecidas. “Quem utiliza o transporte público são as pessoas mais carentes e agora se tiverem uma necessidade fisiológica terão que pagar para usar o banheiro? Peço que o Poder Público intervenha sobre isso, pois estas pessoas não podem ter mais este custo”, observou.

No uso da tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta quarta-feira (15), a vereadora Gerusa Sampaio (DEM), no Dia do Consumidor, destacou sua tristeza e revolta pela forma com que eles são tratados. “Hoje é um dia de repúdio e tristeza e muitos consumidores estão se reunindo para não comprarem nada, pois sempre quem paga no final, pelo bem e pelo mal, são eles”, disse.

Ainda de acordo com ela, Feira de Santana virou manchete nacional pela água de péssima qualidade que está chegando às casas das pessoas, que mesmo pagando suas contas não recebem um bom serviço.

A vereadora lembrou ainda uma lei de sua autoria, que até hoje não é cumprida, onde proíbe o uso de papel térmico na cidade já que ele é feito com produto tóxico e rapidamente apaga o que está escrito. Ela revelou que já foi vítima de uma situação como essa. “Ao reclamar com a operadora Claro percebi que não dava mais para enxergar nem a data do pagamento”, contou.