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A cesta básica de Feira de Santana, calculada pelo programa “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), foi quantificada em R$534,22 no mês de junho de 2024. Essa foi a segunda queda consecutiva no preço da cesta em 2024, após cinco meses seguidos de elevação. Desta feita, a redução foi bastante significativa, de 6,81% em relação ao mês de maio. Apesar dessa redução, o valor da cesta ainda registra aumento acumulado de 1,3% no ano.

Dos doze produtos que compõem a cesta básica, oito registraram queda nos seus preços médios em junho. As maiores reduções foram para o tomate (-23,77%), para a banana prata (-11,84%) e para o feijão (-9,08%). A elevação da oferta desses produtos no mercado favoreceu a queda dos seus preços. No caso do tomate, a queda deveu-se aos bons resultados da safra de inverno, favorecida pelo clima que colaborou com o amadurecimento do fruto. Dentre os alimentos que tiveram aumento de preço, destacam-se o café (9,77%), o leite (8,55%) e a manteiga (2,24%). Os efeitos climáticos derivados do El Niño (ondas de calor e excesso de chuvas no Sul do país) impactaram negativamente a safra de café, ressalta-se, também, a expectativa de quebra safra do café asiático, principalmente do Vietnã. Já a alta no preço do leite deveu-se à redução da produção, em função do baixo nível de investimento realizado no setor de laticínios somado ao período de entressafra e aos problemas na produção do Rio Grande do Sul, em decorrência das enchentes.

O dispêndio do feirense com o almoço, constituído de arroz, feijão, carne e farinha, correspondeu a 34,50% do valor da cesta básica em junho, inferior ao gasto com o café da manhã (pão, manteiga, café, leite e açúcar), cujo peso foi de 36,6% do custo da cesta. O aumento da representatividade dos produtos do café em relação ao almoço, deveu-se à significativa elevação dos preços do café (9,77%) e do leite (8,55%), além da manteiga (2,24%).

O custo da cesta básica em Feira de Santana no mês de junho representou um comprometimento de 40,9% do salário mínimo líquido (valor obtido após os descontos previdenciários que incidem sobre o valor bruto). Trata-se de um comprometimento de 2,99 pontos percentuais menor do que o calculado em maio (43,89%), refletindo a queda observada no valor da cesta básica e a consequente melhora no poder de compra do trabalhador. Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constata-se um dispêndio de 89 horas e 59 minutos, tempo de trabalho inferior em cerca de 6,5 horas em relação ao observado em maio (96h 33min). Confira o boletim completo AQUI. (Uefs)