Em 2018, Secretaria de Saúde notificou 92 casos de hanseníase
A conscientização acerca da hanseníase, doença que tem como sinais manchas na pele com alteração e perda da sensibilidade, é intensificada durante o mês de janeiro. Em Feira de Santana 92 casos foram notificados durante 2018, número maior que 2017, com 84. Crianças, adultos e idosos estão sujeitos a contrair a doença por meio do contato com pessoas infectadas. O tratamento gratuito é realizado no Programa de Hanseníase, localizado no Centro Especializado Dr. Leone Coelho Lêda (CSE). Por ser silenciosa a doença pode demorar até sete anos para se manifestar. “Os sintomas iniciais são as manchas esbranquiçadas, vermelhas ou amarronzadas. A doença também pode se manifestar pelo formigamento, perda de sensibilidade em um local sem a mancha, dores nas mãos e nos pés. Tudo isso acontece lentamente. As limitações podem ser piores em estágio avançado, como mão em garra, nervos comprometidos e pé caído, nesses casos pode ser necessário a intervenção cirúrgica”, ressalta a enfermeira Kaline Mendes.
Vanessa Nascimento, 27 anos, é uma das pacientes atendidas pelo Programa. Ela conta que o primeiro sintoma foi a perda de sensibilidade no local da mancha. “Eu não sabia o que era a doença. Descobri a hanseníase através de uma amiga que suspeitou e eu não acreditei. A mancha foi crescendo e após receber diagnostico de um dermatologista iniciei tratamento aqui no programa”, relata.
O tipo de hanseníase ao qual Vanessa contraiu é a paucibacilar, ou seja, a não contagiosa, cujo tratamento demora uma média de seis meses. O outro tipo é a multibacilar, considerada mais grave por ser transmitida pelo sistema respiratório, ao espirrar, tossir ou falar. Para o diagnóstico correto o primeiro passo é procurar uma Unidade de Saúde. A confirmação pode vim através do exame físico, baciloscopia ou exames laboratoriais. “Ao chegar a unidade esse paciente será avaliado, caso seja encontrada alguma característica da doença, ele será encaminhando para o programa”, informa a enfermeira.