Estagiários protestam no Legislativo feirense
Os estagiários do Município de Feira de Santana ocuparam as galerias Câmara Municipal de Feira de Santana para protestar nesta segunda-feira (30) contra mudanças impostas pelo Governo Municipal. Uma das reivindicações dizia respeito ao auxílio transporte que deixou de ser pago em espécie para ser feito por meio do cartão Via Feira.
O estagiário Nilclecio do Amor Divino afirmou ao site Política In Rosa que o prefeito Colbert Martins Filho tirou o auxílio para transporte sem aviso prévio e não deu alternativa se eles querem o cartão Via Feira ou não. “Existem muitos estagiários que não utilizam o transporte urbano. Como é que eles vão chegar ao seu destino de trabalho? Queremos o valor em contracheque, não em cartão”, disse.
Segundo Nilclecio, os estagiários não tem voz e não tem representantes. “Até para pegar o contrato na Secretaria de Educação é o maior trabalho. Tem estagiário que está há seis meses sem receber auxílio transporte e a bolsa. Fomos na Seduc e lá falaram que se tivéssemos achando ruim que era para sair. Além disso, o secretário de Educação disse também que não era com ele”, disse.
E continuou. “Como somos órfãos na Prefeitura tem que ter alguém para se mobilizar a favor da gente. A APLB se colocou como solidária e é a única entidade que está nos apoiando”, relatou.
Já Dominic Lorena dos Santos disse que se eles não forem a luta, não vão adquirir os seus direitos. “Reivindicamos respeito, pois todo cidadão merece ser ouvido. Além disso, queremos saber o por que quando há um contrato o estagiário demora até três meses para o mesmo receber sendo que a maioria é de instituições privadas e pagam faculdades, xerox e apostilas. Recebemos notícia semana passada de que o auxílio transporte mudou de espécie para o cartão Via Feira sem nem nos consultar. E já foi descontado”, disse.
Ela também reclamou do fato do secretário não poder ajudá-los em nada. “O secretário de Educação teve uma reunião conosco e o mesmo disse que não tinha como resolver, pois quem resolvia essa situação é a secretaria administrativa e o prefeito. Mas disse que iria tentar falar com o prefeito e nos dar uma resposta. Até agora nada. Se não conseguirmos uma resposta positiva, vamos fazer outras manifestações”, cravou.