Fies e Prouni devem ser reformulados em 2017
O ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou nesta segunda-feira (28) que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) serão reformulados em 2017. Objetivo é garantir sustentabilidade financeira e eficiência aos programas do governo de acesso à educação superior.
O anúncio foi feito em reunião comempresários e economistas que compõem o conselho da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Na ocasião, Mendonça Filho afirmou, ainda, que os programas serão mantidos no próximo ano e que o governo não pretende fazer qualquer modificação sem antes discutir as inovações com a sociedade. “Vamos enfatizar a sustentabilidade. São programas importantes para o País, que não podem ser usados para ganhos eleitorais”, reforçou o ministro.
Segundo Mendonça Filho, mudanças no Fies são necessárias para garantir saúde e o equilíbrio financeiro. “Dados publicados recentemente pelo Tribunal de Contas da União, projetam [para o Fies] um rombo estratosférico. Então, a gente precisa ter cuidado em preservar esse mecanismo importantíssimo de acesso ao ensino superior no nosso país”, enfatizou.
Educação professional
A flexibilização do ensino médio e a valorização da educação profissional também foram temas abordados durante a reunião. Para Mendonça, o ensino médio é o grande gargalo da educação brasileira e precisa de reformas urgentes.
“Hoje temos 1,7 milhão de jovens que não estudam nem trabalham, e mais de 1 milhão de jovens de 17 anos fora do ensino médio. O modelo atual afasta o estudante da escola”, afirmou. O ministro também defendeu a flexibilização do ensino médio, como forma de aumentar a permanência do jovem nas salas de aula.
“Hoje, o ensino médio tem um currículo fixo de três anos para qualquer estudante, o que propomos é que tenha flexibilidade para que o jovem siga o seu rumo de acordo com sua vocação e vontade”, disse.
Na educação profissional, Mendonça alertou que, no Brasil, apenas 8% dos jovens têm acesso à educação profissional enquanto fazem o ensino médio, número muito inferior a países mais desenvolvidos da Europa e da Ásia, que chegam a ter 40% dos jovens cursando o ensino técnico.
“O que norteia a reforma do ensino médio é a tese de uma base comum e de um itinerário formativo dentro das vocações do estudante”, disse.