Jhonatas Monteiro fala sobre posicionamento do PSOL nas eleições de 2024
O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), em entrevista ao site Política In Rosa, falou sobre o posicionamento de seu partido em relação as eleições de 2024. Jhonatas falou ainda sobre seu futuro diante de tudo. Ele informou que o PSOL caminha para ter uma decisão em relação as eleições 2024 até o mês de setembro deste ano.
“Era o primeiro semestre deste ano de 2023. Infelizmente, nós não conseguimos avançar nas conversações tanto internas quanto externas. Eu já havia até dito em outra oportunidade que nós definimos duas diretrizes para o primeiro semestre. Primeiro, dialogar com todas as forças que se reivindicam de oposição para entender como essas forças vem pensando o cenário de 2024. E segundo, tentar construir um denominador comum, que significa interromper essa permanência de mais de 20 anos do mesmo grupo político no controle da Prefeitura”, disse.
Para o vereador, quem tem esses objetivos em comum citados acima, tem, de alguma forma, um perfil que possibilita a conversa. “Nós não conseguimos fazer esse giro completamente no primeiro semestre e também o próprio partido precisa amadurecer algumas questões. Tem uma parte que defende a importância de ter candidatura própria, inclusive do meu nome como um dos possíveis para fazer essa disputa. Existe ainda outra parte que entende a necessidade da continuidade do PSOL na Câmara Municipal e que isso aconteceria mais facilmente se eu estivesse na chapa de vereança, tanto para disputa para a reeleição como também para facilitar a possibilidade até da eleição de outro nome para a Casa. Como essa é uma decisão que ainda não foi tomada, nós não anunciamos de modo público. Estamos fazendo com calma para não ter dor de cabeça. Para que o partido, como as pessoas costumam dizer, marche unido na disputa eleitoral”, destacou.
Questionado sobre qual seria o melhor caminho que ele considera para a legenda, Jhonatas Monteiro afirmou que sua opinião é aquela que sempre foi em qualquer candidatura. “Eu sou candidato de um projeto, assumindo uma tarefa. Não tenho apego a cargo, tenho apego à sala de aula e minha condição enquanto professor, que é o que eu gosto e me realiza. Não tenho nenhum problema em voltar a fazer isso, se for o caso. E por isso mesmo me ocupar de um cargo público, seja ele qual for, ou me candidatar para um, seja ele qual for, sempre foi com base num projeto coletivo, de uma decisão de grupo, como se costuma dizer. Não tenho muita vontade pessoal nesse sentido”, falou.
Monteiro diz ainda que é evidente que ele, como cidadão, e não o vereador ou dirigente partidário, mas o cidadão, lhe preocupa muito esse cenário que se vivencia em Feira de Santana como um todo. “Quem circula pelas comunidades rurais, pelas periferias especialmente, escuta que Feira ‘está entregue’. O quadro de abandono, de descaso, de desrespeito e de descumprimento, às vezes, do mínimo que está na lei, do ponto de vista de direito, é muito grande hoje. Acredito que ninguém consegue fechar os olhos para isso. Tanto é que a popularidade do prefeito, Colbert Martins Filho, não vou dizer que é zero, mas provavelmente deve ser menos um ou menos dois. Hoje em dia já está no negativo”, reflete.
O vereador considera que o povo está cansado da situação que está vivendo atualmente na cidade. “Tem um cansaço mesmo da população e eu, como cidadão, me vejo muito na obrigação de contribuir para uma mudança de rumo em relação a isso. Então, se vocês me perguntassem sobre o que eu me dispus a fazer lá atrás, que foi colocar meu nome para uma disputa de projeto para o município, ou seja, para a disputa a Prefeitura, eu continuo avaliando que ela é importante”, declarou.
Conversa com Zé Neto
Indagado qual seria a possibilidade de o PSOL agregar a uma candidatura a prefeito do deputado federal Zé Neto (PT), Jhonatas Monteiro disse que não tem definição sobre isso, mas que já encontrou com o deputado em uma ocasião cultural há alguns meses atrás e sinalizou a importância que as forças de oposição conversassem.
“Acredito que é uma responsabilidade de quem não segue satisfeito com aquilo que se passa hoje na Prefeitura chegar a um entendimento sobre o que quer para Feira de Santana. Costumo dizer que não basta tirar o que não presta. Precisamos saber o que de melhor colocamos no lugar. A época ele teve concordância em relação a isso. Ele fez até um esforço de contato no final do primeiro semestre para marcar uma conversação e, no final das contas, quando era melhor para ele, não era tão bom para mim. E essa conversação ainda não aconteceu. É uma força de oposição que nós reconhecemos que tem legitimidade, até em apresentar candidatura e se colocar. Nós não conversamos diretamente ainda, mas achamos importante que essa conversa ocorra”, afirmou.
Decisão do partido
De acordo com Jhonatas Monteiro, a indicação do partido é que primeiro se resolva a renovação da direção partidária. “Nós estamos em meio a renovação da direção, que é o período congressual. Tem acontecido as plenárias, que são os encontros preparatórios para a etapa estadual e a nacional do congresso do partido. Isso deve ocupar a militância até esse quadro de setembro. Por isso que eu sinalizei que passado esse momento, inclusive renovando a direção e chegando gente nova agora, como temos expectativa, para responder pelo PSOL aqui no município, a gente consiga logo na sequência iniciar um momento oficial de discussões sobre eleições”, finalizou.