Vereador José Carneiro (UB) – Foto: Anderson Dias/Site Política In Rosa

O vereador José Carneiro (UB), em entrevista ao site Política In Rosa, afirmou que defende a não recondução da Mesa Diretiva da Câmara Municipal de Feira de Santana.

“Já venho ao longo dos anos lutando pelo fim de reeleição para Mesa Diretiva da Câmara. Me recordo que numa eleição onde o vereador Ronny Miranda (In memoriam) foi candidato a presidente uma das imposições que eu fiz foi essa. E acertei com ele isso. Apresentei, na época, uma emenda e conseguimos aprovar. Após a eleição do vereador Ronny, o então vereador Isaias de Diogo voltou tudo com outra emenda propondo a reeleição. Essa emenda de Isaias acabou me beneficiando porque eu me elegi presidente da Câmara num mandato tampão e, posteriormente, me reelegi presidente da Câmara”, disse.

E continuou: “Veio a eleição de Fernando Torres que ele poderia ser candidato a reeleição e não foi porque não quis, pois o Regimento da Casa permite. E elegeu então a vereadora Eremita presidente desta Casa. Agora, eu estou propondo que a gente mude o Regimento da Câmara não permitindo a recondução. Fazer exatamente o que acontece na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na maioria das câmaras municipais dos municípios desse país. Se aprovado, a gente acaba com o fim da reeleição”, afirmou.

Questionado se acredita que tem apoios dos colegas vereadores, José Carneiro afirmou que tem certeza. “Tenho certeza. Já consultei antes de falar sobre isso. Consultei todos os meus pares e senti uma simpatia muito grande de todos que conversei”, destacou.

Possibilidade de voto secreto

Durante a fala de José Carneiro sobre esse projeto de não recondução da Mesa Diretiva na tribuna nesta quarta-feira (04), o vereador Paulão do Caldeirão pediu para inserir o voto secreto para a presidência da Câmara na mesma emenda. José Carneiro foi indagado sobre o assunto. “Isso é um absurdo. É inaceitável. Eu jamais apoiaria o voto secreto. Voto secreto é um incentivo a safadeza, é um incentivo a corrupção, voto secreto é um incentivo a trairagem. O voto tem que ser aberto. As pessoas, os parlamentares, tem que assumir o que fazem. Se eu voto em Marcos Lima, se eu voto em Jorge Oliveira, se eu voto em Pastor Valdemir, tenho que assumir publicamente. Por que eu tenho que votar secreto? Na hora que eu decidi meu candidato, vou dizer a imprensa em quem eu vou votar. Portanto, eu não preciso votar secretamente”, declarou.