Mulheres grávidas representam 28% de todos os diagnósticos de sífilis em Feira no primeiro semestre

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A quantidade de mulheres grávidas reagentes à bactéria treponema pallidum, que provoca a sífilis, representa 28% dos diagnósticos emitidos pelo Centro Municipal de Referência em Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV/Aids, entre os meses de janeiro e junho deste ano. O equipamento é mantido pela Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Saúde.

Nos primeiros seis meses de 2019, 339 pessoas foram diagnosticadas com a doença, em seus vários estágios. Deste universo, 94 são mulheres grávidas, que potencializa o problema, porque, se não tratada, a doença pode infectar a criança, segundo especialistas. É a chamada sífilis congênita.

As mulheres gestantes devem fazer o exame que detecta a doença que é transmitida pelo sexo, porque a bactéria, de acordo com especialistas, pode atravessar a placenta e infectar o bebê e contribuir consideravelmente para o aumento da mortalidade infantil – menores de um ano. O risco do bebê ser infectado pela placenta, dizem especialistas, oscila entre 60% e 80%. O não tratamento também está associado a significativo risco de natimorto.

Neste público, os exames, que são obrigatórios, devem ser feitos no primeiro, segundo e terceiro trimestres da gravidez, como medida para evitar o diagnóstico tardio. A doença tem cura. Em caso positivo, o parceiro também deve se submeter ao tratamento.

A estatística em Feira de Santana preocupa, de acordo com autoridades sanitárias, por ter uma pessoa infectada a cada grupo de pouco mais de duas mil mulheres – levando-se em consideração apenas os números da população deste ano. A melhor forma de prevenção desta doença, uma das infecções sexuais transmitidas pelo sexo que mais cresce entre homens e mulheres, é o uso da camisinha, seja ela masculina ou feminina, durante as relações sexuais. (PMFS)