Prefeitura prioriza ocupação de escolas próprias e cancela contrato de prédio alugado
Numa reunião que aconteceu na manhã da última sexta-feira (04), na Prefeitura de Itabuna, a secretária municipal da Educação de Itabuna, professora Nilmecy Gonçalves, deu início, com a participação de representantes de diversos órgãos da área da Educação, do processo de reordenamento da Rede Municipal de Ensino para o ano de 2019. Participaram a secretária municipal de Governo, Maria Alice Pereira; o vice-presidente do Conselho Municipal da Educação de Itabuna (CME), Edvaldo Júnior; a presidente do Sindicato do Magistério Público Municipal de Itabuna (SIMPI), professora Maria do Carmo Oliveira, acompanhada da vice-presidente, professora Maria Ionei dos Santos Gomes e do assessor de Comunicação do SIMPI, Jeremias Barreto; a senhora Rita Souza, representando a Associação dos Municípios da Região Cacaueira (AMURC); a presidente do Fórum Regional de Secretários de Educação (FORSEC/AMURC), Andréa Moraes; além de diretores e assessores da SME (Fábio Bittencourt, Departamento Financeiro; Joadilma Priscila Reis Trindade de Almeida, Departamento da Educação Básica – DEB; Edilene Zulma, Departamento de Acompanhamento da Gestão – DAG; Jorge Nano, Departamento de Infraestrutura; ainda Ritta Conrado, assessora do Departamento de Planejamento, Pesquisa e Informações Gerenciais – DPPIG; Maria Tânia Pereira da Silva, chefe do Setor de Organização Escolar do DAG; e Dora Mônica Alves Araújo e Adriana Chachá, respectivamente assessoras do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Anos Finais, do DEB). As diretoras do Centro de Integração Social (CISO Municipal) e Instituto Municipal de Educação Aziz Maron (IMEAM), citando respectivamente as professoras Rilda Rodrigues Failslon e Wildes Alvarenga, também estiveram presentes.
Na reunião, a professora Nilmecy Gonçalves tratou especificamente das orientações delineadas pelo prefeito Fernando Gomes sobre a necessidade de priorizar, em todas as secretarias, a ocupação dos espaços públicos que já pertencem ao município de Itabuna, ressaltando que a ocupação dos prédios que fazem parte do patrimônio municipal deve estar hiperdestacada frente à necessidade de se investir em espaços alugados, como forma de promover economia de recursos.
No caso da Secretaria Municipal da Educação, essa priorização perpassa pela ociosidade preconizada durante o ano de 2018 no IMEAM, quando 17 salas de aula ficaram em desuso, principalmente no turno vespertino. A diretora do IMEAM disse que a escola possui grandes talentos entre seus alunos e que, ante a possibilidade de receber os estudantes do CISO, a escola estará ainda mais engrandecida. Sobre o aspecto técnico, enfatizou-se o dado que indica que o IMEAM tem capacidade para atender até 1.500 alunos.
Sobre o CISO, a secretária Nilmecy Gonçalves disse que compreende a importância histórica e social da escola para a comunidade itabunense e que, antes mesmo de se desenhar o encerramento contratual entre a escola e o município, houve uma atuação diplomática preponderante dela junto ao Governo do Estado, através da Assessoria de Reordenamento da Rede Estadual de Ensino da Secretaria Estadual da Educação. Os diálogos estabelecidos e as ponderações foram considerados pela Secretaria Estadual, o que permitiu, juntamente com a mobilização social e comunitária em Itabuna, manter o Colégio Estadual Sesquicentenário aberto em 2019 e com vagas para estudantes que irão cursar a partir do 6º ano.
A presidente do SIMPI, professora Maria do Carmo Oliveira, disse que a decisão do prefeito em findar o convênio com o CISO é assertiva na medida em que efetivamente se observa que “o prédio inapropriado; as salas de aula, ali, parecem gaiolas”. A professora destacou ainda que a escola não possui saídas de emergência e representa perigo iminente para alunos, professores e funcionários, em caso extremo de incêndio.
Essa questão foi destacada também pelo vice-presidente do CME, Edvaldo Júnior, que enfatizou que o colégio CISO não possui as condições necessárias para dar aos alunos o devido lazer e segurança. Além disso, declarou que se o IMEAM apresentar melhorias em suas instalações para receber esses alunos, será uma forma de resgatar a história e prestígio de uma das escolas mais tradicionais do município.
Como forma de atrair os alunos do CISO para o IMEAM, Nilmecy Gonçalves apresentou proposta de valorização do IMEAM, remodelando-o, modernizando-o e devolvendo à instituição a insígnia tradicional de ser escola-modelo para a Rede Municipal de Ensino. Essa dinâmica de mudanças surge, entre outros fatores, a rigor das comemorações dos 40 anos de fundação da escola, a serem completados neste ano de 2019, bem como a partir da necessidade premente de otimizar os espaços e os recursos públicos municipais. “O IMEAM foi a primeira escola construída pelo prefeito Fernando Gomes, em 1979, e, na mesma medida que o CISO, possui uma historicidade e importância social inegáveis e, em seus 40 anos, será um ‘novo IMEAM’”, finalizou Gonçalves.