Reabilitação precoce é chave para reduzir sequelas do AVC

Foto: Divulgação/Ascom

A recuperação de um evento agudo, que ocasiona significativa perda de funcionalidade para realização das atividades de vida diária, exige muito mais do que cuidados imediatos. Para Janice Pereira da Mota, 63 anos, a reabilitação intensiva com o foco nos cuidados multidisciplinares foi fundamental para devolver a autonomia e qualidade de vida após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Danúbia Pereira, filha de Janice, ressalta a importância dos cuidados multidisciplinares. “Minha mãe era muito ativa e caminhava todos os dias, mas o AVC trouxe limitações motoras. Graças aos profissionais envolvidos na reabilitação, ela teve um progresso impressionante, tanto físico quanto emocional”, comenta a jovem.

O AVC é a principal causa de morte no Brasil e a maior causa de incapacidade em adultos no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Somente em 2024, até agosto, 50.133 brasileiros morreram em decorrência da doença. Com o objetivo de recuperar funcionalidades, promover independência e favorecer qualidade de vida ao paciente, em Salvador, a Clínica Florence elegeu a Reabilitação Pós-AVC como uma de suas principais linhas de cuidado.

Pesquisas indicam que a reabilitação precoce, dentro dos primeiros 90 dias após o AVC – a chamada “janela de ouro” – é crucial para reverter sequelas. É durante este espaço de tempo que se identifica maior atuação da neuroplasticidade do cérebro para recuperação após o evento agudo e possibilita maior chance de sucesso com os estímulos adequados. “Quanto mais cedo iniciamos as terapias, maiores são as chances de melhora funcional do indivíduo”, explica Jamary Oliveira, médico responsável pela linha de cuidados da Clínica Florence.

A reabilitação intensiva, com até 15 horas semanais de terapia, é recomendada para pacientes que sofreram AVC moderado a grave, afetando funções como mobilidade, fala e cognição. “É necessário contar com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, médicos e enfermeiros para desenvolver um plano de cuidados individualizado, alinhando estratégias conforme a condição clínica de cada paciente e o contexto em que está inserido”, pontua João Gabriel Ramos, intensivista, paliativista e diretor médico da Clínica Florence.

O caso de Janice ilustra a importância deste tipo de abordagem para o retorno seguro ao domicílio. “Desde que ela iniciou as terapias, percebemos grandes avanços na firmeza dos passos e força dos braços. Além de reaprender habilidades básicas como se vestir sozinha, abrir portas e escrever”, declara Danúbia.

A American Heart Association recomenda que pacientes vítimas de AVC sejam tratados em ambientes especializados, como hospitais de transição, a fim de realizar terapias intensivas com o suporte interdisciplinar. Diante do envelhecimento da população brasileira e da alta prevalência de doenças cardiovasculares, a reabilitação torna-se essencial para reduzir a complexidade, evitar reinternação e minimizar as taxas de mortalidade desta doença. (Assessoria de Imprensa | Clínica Florence)