Sindicato cobra no MPF apuração sobre descaso com o Samu de Feira de Santana
A Procuradoria da República em Feira de Santana apura grave denúncia do Sindimed sobre o estado precário das viaturas do Samu no município de Feira de Santana. O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, reafirmou nesta terça-feira (18) em audiência no Ministério Público Federal que o tempo vida útil da maioria dos veículos está expirado e há carência de ambulâncias.
Após provocação do sindicato, o MPF abriu inquérito que dará subsídio para instaurar ou não uma ação civil pública contra o Governo Federal. Segundo a denúncia, o Samu do município possui em condições de funcionamento apenas uma viatura do tipo USA (Unidade de Suporte Avançado) e uma motolância. Por sua vez, normalmente circulam dois veículos do tipo USB (Unidade de Suporte Básico), pois raramente as três unidades básicas existentes estão aptas a funcionar simultaneamente.
Francisco Magalhães assinalou que segundo o protocolo de funcionamento do serviço, são necessárias oito ambulâncias básicas (USBs) e uma avançada (USAs), estas conhecidas como UTIs móveis. Ele informou ao procurador da República Marcos André Carneiro Silva que as equipes de socorro trabalham inconformadas com a precariedade das ambulâncias. Protestos e até mesmo paralisações não são raros entre as equipes do Samu reivindicando melhores condições de trabalho.
Estrutura subdimensionada
O Sindmed diz ainda que além de ser pequeno o número de ambulâncias do Samu em Feira de Santana, é preocupante o seu precário estado de funcionamento. “Isto em nada condiz com a demanda da segunda maior cidade da Bahia, com mais de 600 mil habitantes. No início do programa, a substituição das unidades ocorria a cada três ou quatro anos. Nas condições em que os veículos circulam, aumentam os riscos de acidentes e se reduz a eficácia dos atendimentos de urgência e emergência. As ambulâncias são guardadas na avenida João Durval Carneiro, bem perto da Secretaria de Saúde de Feira de Santana”, informam.