Sindicato contabiliza mais de mil roubos e furtos a motoristas por aplicativo em Salvador
O número de roubos e furtos a motoristas por aplicativo em Salvador cresceu quase 15% em 2022 na comparação com o ano anterior. Em números reais, foram 1.131 ocorrências relatadas pelos profissionais ao Sindicato dos Motoristas por Aplicativo da Bahia (Simmactter) no ano passado, contra os 985 casos de 2021.
A média diária de roubos e furtos passou de 2,7 para 3,1 na capital baiana entre os anos analisados. Sobre os casos de latrocínio (roubo seguido de morte), oito motoristas foram alvo desse tipo de crime em 2022, o número é quatro vezes maior se comparado ao ano anterior quando 2 profissionais perderam a vida.
Esse ano, até o dia 13 de janeiro, 9 profissionais relataram ter sido alvos de roubos e furtos e uma morte foi registrada.
O presidente do Sindicato e vereador, Átila do Congo (Patriota) pede sensibilidade às forças de segurança já que o crescimento dos casos contra a categoria é notório e é preciso quebrar essa estatística. “Não basta a polícia prender se a Justiça deixa a brecha da audiência de custódia para libertar esses bandidos em poucas horas, fazendo com que a vida do crime valha a pena. Estamos cansados de chorar a dor dessas famílias que perdem pais, filhos e irmãos de uma forma tão cruel, enquanto eles trabalham”, brada.
Átila lembra ainda que os motoristas por aplicativo representam uma importante força de trabalho, especialmente nas capitais do país, mas são desamparados pelo Judiciário, pelas próprias empresas que gerenciam as plataformas de mobilidade, além do Governo Federal.
“A insegurança é uma infeliz realidade das metrópoles, mas as empresas que insistem em recuar na responsabilidade daqueles que trabalham horas por dia para garantir que o dinheiro chegue ao topo, não oferecem nenhum tipo de resguardo, nada para eles ou os familiares. Não podemos esquecer também do Governo Federal que liberou incentivo para caminhoneiros e taxistas, os motoristas por app ficaram sem nenhuma verba, isso é inadmissível. Precisamos de respeito e apoio”. (Ascom)