“Só quem tem direitos na Casa é o grupo do presidente”, dispara Jurandy Carvalho
O vereador governista Jurandy Carvalho (PL) reclamou do tratamento que os vereadores que não são aliados do presidente da Casa, o vereador Fernando Torres (PSD), recebem. Segundo Jurandy, muitas vezes eles são até cerceados de falar. “A imprensa está aqui vendo isso. Nós temos os nossos horários trocados. Eu, no caso, que sou líder do partido PL, tenho o meu horário trocado”, reclamou o vereador em entrevista concedida ao site Política In Rosa.
Jurandy falou ainda que a Câmara Municipal de Feira de Santana virou uma ditadura onde não se cumpre o Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município. “Não se cumpre nada aqui nessa Casa. E, muitas vezes, tenta-se jogar a bola para o grupo dos sete. O que o grupo dos sete quer é que se cumpra o Regimento Interno, que as coisas sejam feitas de forma clara e objetiva e que nós possamos cumprir o nosso verdadeiro papel de vereador, que é o de legislar, fiscalizar o Executivo e fazer leis. Esse é o papel do vereador aqui”, disse Jurandy.
De acordo com Jurandy, alguns vereadores estão trocando as bolas, principalmente os que pertencem a Mesa Diretiva da Casa. “Não se cumpre nada do Regimento Interno. Basta fazer uma análise com olhos clínicos do que é o Regimento Interno e a Lei Orgânica que irão chegar lá. Ninguém quer dar golpe em ninguém, o que queremos é trabalhar”, relatou.
Ainda de acordo com Jurandy, a Câmara é um colegiado, um poder independente da Prefeitura, mas estão travando uma guerra com o Poder Executivo. “Aqui há uma guerra de um grupo contra o prefeito que quer botar a Casa toda sub judice”, declarou. Carvalho disse também que há um estudo de todos os vídeos das transmissões da Câmara com as assessorias jurídicas dos sete vereadores para pegar onde teve as falhas e ingressar na Justiça pedindo a destituição da Mesa Diretiva da Casa. “É uma falha coletiva”.
Questionado se da forma que é conduzida a Casa é uma ditadura, como ele mesmo havia dito antes, Jurandy Carvalho disse que tem muito respeito pelo presidente Fernando Torres. “Do jeito que ele tem conduzido a Câmara nos últimos dias já passa de ser uma ditadura. O que existe são privilégios para uns e lei de regime militar para outros”, disparou.
O vereador ainda afirmou que o grupo dos sete não tem direito a nada. “Os assessores do grupo dos sete não tem direito a vale e dentre outras coisas. Enquanto nos outros gabinetes tem. Se é um colegiado, o direito para um tem que ser para todos. É isso que a gente defende. A gente não quer ser nem melhor nem pior do que ninguém. A gente quer o direito de todos. Só quem tem direitos na Casa é o grupo do presidente. O grupo dos sete não tem direito a nada”, finalizou.