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:: ‘antidepressivos’

Pesquisa revela aumento na venda de medicamentos psiquiátricos durante pandemia

Foto: Michal Jarmoluk por Pixabay

Um levantamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostra que, de janeiro a julho de 2020, houve um crescimento de quase 14% nas vendas de antidepressivos e estabilizadores de humor, se comparado ao mesmo período de 2019. Ou seja, o número de unidades vendidas pulou de 56,3 para 64,1 milhões de um ano para o outro. Esses medicamentos são usados em casos de transtornos afetivos, como depressão e distimia.

O psiquiatra Lúcio Botelho, que é diretor-médico, idealizador e co-fundador da OMNI – Centro de Terapias Biológicas, acredita que parte do aumento no consumo de medicações psiquiátricas se justifica pela automedicação. “Muitos pacientes costumam se automedicar, utilizando medicações de familiares.  Outro aspecto importante a se destacar foi a mudança na legislação durante a pandemia que permitiu que os pacientes levassem para casa uma quantidade maior de medicamento, devido à dificuldade de retornar ao médico durante o isolamento”, ressalta Lúcio Botelho, que também é diretor-médico do mais antigo hospital psiquiátrico de Salvador, o Espaço Nelson Pires.

O psiquiatra acredita também que o aumento no consumo de medicações, sejam elas psiquiátricas ou clínicas, está ligada a pandemia e seus desdobramentos, como os sentimentos de angústia, tristeza, desamparo e solidão causados pelo medo de adoecer e morrer, de perder as pessoas amadas, de ser demitido, de não ter suporte financeiro e, até mesmo, de ser excluído socialmente por estar associado à doença. Ele chama atenção para o uso racional dos remédios psiquiátricos, já que as sequelas físicas e mentais devem perdurar para além deste período de calamidade: :: LEIA MAIS »



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