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Feira de Santana registra redução de 92% nos casos de dengue
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Feira de Santana registrou uma expressiva redução de 92% nos casos de dengue em agosto. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica (VIEP-SMS), apresentados durante a reunião do Comitê de Combate às Arboviroses nesta quinta-feira (05), o número de exames positivos caiu de 331 em julho para apenas 26 no mês seguinte.
Esse resultado reflete o esforço contínuo da Prefeitura, que tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, especialmente nas áreas com maior incidência de criadouros. Entre as medidas adotadas, destaca-se a implantação das motos fumacê, que têm se mostrado eficazes na eliminação do mosquito em bairros estratégicos da cidade.
Durante o primeiro semestre deste ano, mais de meio milhão de visitas foram realizadas pelos agentes de endemias, que atuam tanto na orientação da população quanto no bloqueio da cadeia de transmissão do mosquito. O trabalho inclui também a aplicação de larvicida em água parada, conhecido como trabalho perifocal.
A coordenadora da VIEP, Carlita Correia, avaliou os esforços realizados e a necessidade de continuidade dessas ações. “Estamos bastante satisfeitos com a redução significativa dos casos de dengue, que é um reflexo direto das medidas intensificadas de combate ao Aedes aegypti. Contudo, é importante ressaltar que a luta contra a dengue é contínua, e a colaboração da população é essencial. Além de manter os ambientes livres de criadouros, é fundamental que todos busquem atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas. A detecção precoce é crucial para evitar complicações e garantir um tratamento eficaz.” :: LEIA MAIS »
Estudantes de Educação Profissional de Araci desenvolvem possíveis soluções contra arboviroses
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou, em 2023, que a projeção de aumento nos casos de arboviroses durante o verão deste ano tem influência dos efeitos do El Niño, como o calor e as chuvas intensas. Baseados nessa análise, jovens pesquisadores do Centro Territorial de Educação Profissional de Araci desenvolveram diversos produtos utilizando os princípios ativos da planta sisal: um larvicida, um inseticida e um repelente.
O projeto foi elaborado como uma provável alternativa natural e eficaz no combate às arboviroses, explica Taiala de Jesus, estudante pesquisadora. “A crescente resistência dos mosquitos aos inseticidas químicos tradicionais e os impactos ambientais associados ao uso desses produtos químicos motivaram a busca por soluções sustentáveis. Outra questão é que a Agave Sisalana, conhecida como sisal, apesar de ser uma planta utilizada em diversas aplicações, não tem o resíduo líquido devidamente aproveitado. Por isso, nossa proposta é usar esse extrato como principal componente”, conta.
As propriedades bioativas do fluido do sisal tem características antimicrobiana e antifúngica que ajudam a exterminar e inibir o crescimento de larvas e insetos. “Ao interferir no sistema biológico dos bichos, o líquido do sisal dificulta a sobrevivência e reprodução dos transmissores. Além disso, para os mosquitos, o odor e o sabor do extrato são tão desagradáveis que os mantêm afastados das plantações”, explica.
Segundo a estudante, este é um projeto totalmente sustentável, pois além de ser desenvolvido a partir do reaproveitamento de resíduos, o produto contém apenas substâncias naturais, o que facilita a fabricação e oferece uma possibilidade de renda para os trabalhadores rurais. Atualmente em andamento, o projeto, que integra o programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação, conta com a orientação de Pachiele da Silva. A equipe também é composta pelos estudantes Fellipe Ramos, Nícolas Pimentel, Isabel Oliveira e Sarah Cruz. :: LEIA MAIS »
Dengue com sinais de alarme é pauta de reunião do Comitê de Enfrentamento as Arboviroses
Nesta quarta-feira (15), integrantes do Comitê de Enfrentamento às Arboviroses estiveram reunidos para debater o cenário da dengue em Feira de Santana. O encontro foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Para a enfermeira da Vigilância Epidemiológica (Viep), Ana Luiza Andrade, o que tem chamado a atenção das equipes do setor é o alto número de pessoas infectadas com dengue que apresentaram sinais de alarme. Segundo os dados do Sinan, dos 2.956 casos confirmados, 441 pacientes apresentaram sintomas que indicam uma fase mais crítica da doença.
“É importante que as pessoas procurem as unidades de saúde, porque temos muitos vírus respiratórios circulando. O perigo é que as pessoas com dengue confundam os sintomas e fiquem em casa se automedicando de forma inadequada”, pontuou a enfermeira.
O último boletim epidemiológico divulgado nessa terça-feira (14), aponta que a cidade tem mais de oito mil casos prováveis de dengue, sendo a maior incidência em pessoas do sexo feminino. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas foram as que mais fizeram notificações da doença.
Durante o debate, a coordenadora do Centro Municipal de Referência em Endemias, Sintia Sacramento, destacou a importância das notificações feitas pelas unidades públicas e particulares para o desenvolvimento do trabalho no campo. “Temos mapeado os locais com as maiores quantidade de casos para instalar ovitrampas, que são armadilhas para as fêmeas do mosquito. Finalizamos no bairro Mangabeira e seguiremos para o distrito de Humildes”, ressaltou. :: LEIA MAIS »
Calor intenso e chuvas de verão podem contribuir para a proliferação de arboviroses, alerta infectologista
Com a chegada do verão, a preocupação com o aumento dos casos de arboviroses – doenças causadas por artrópodes –, aumentam. Fatores como o clima quente, umidade do ar e acúmulo de água deixado pelas chuvas em pneus, frascos e recipientes acabam fornecendo condições ideais de criadouros para o depósito de larvas, que posteriormente se tornam mosquitos.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), ao longo de 2023, o estado notificou mais de 47 mil casos prováveis de dengue, o que corresponde a um aumento de 33% em comparação com o ano anterior. A cidade de Feira de Santana, no interior da Bahia, também registrou um número expressivo de pessoas infectadas. Conforme levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, quase 3 mil ocorrências foram contabilizadas, um aumento de 2,8% em relação a 2022.
Médico infectologista do Mater Dei Emec, Victor Castro Lima explica que a dengue, zika e chikungunya, infecções virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, têm características e sintomas muito parecidos. Apesar do fato de que alguns vírus têm sintomas mais comuns do que outros, nenhum sintoma clínico é específico suficiente para diferenciar qual é o agente causador, portanto a população deve saber que é importante ser avaliado por um profissional que possa identificar a gravidade da repercussão dos vírus no organismo. Ele também ressalta que os três quadros costumam se distinguir dos resfriados, gripes e até mesmo da Covid-19.
“Os resfriados, gripes e Covid são doenças respiratórias. Então, a presença de sintomas como coriza, tosse, espirros e obstrução nasal ocorrem nesses tipos. A grande diferença é que geralmente incluem esses indícios respiratórios, enquanto as arboviroses não causam”, sinaliza. :: LEIA MAIS »
Aumento das notificações das arboviroses acende alerta vermelho em Vitória da Conquista
Ao longo deste ano, as equipes de combate às endemias trabalharam intensivamente em Vitória da Conquista, lançando mão de diversos recursos na luta contra o mosquito Aedes aegpyti. Contudo, nessa reta final de 2023, o município está em alerta vermelho por conta do crescente número de notificações das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), principalmente ocasionado pelas altas temperaturas, que favorecem a reprodução do mosquito.
“Isso é preocupante, porque apesar do índice de infestação ter baixado, a cidade encontra-se nesse alerta vermelho por conta do grande número de notificações, principalmente de dengue. Temos intensificado e vamos reforçar ainda mais nossas ações, principalmente na parte educativa, porque a população precisa se sensibilizar sobre o cuidado que cada um deve ter com o seu imóvel, porque é de lá que emana os focos do mosquito”, explicou o coordenador de endemias, Joseilton Lima.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou, de janeiro a dezembro deste ano, 3.672 notificações de arboviroses, com 1.013 confirmadas de dengue, 366 de chikungunya e 12 de zika. Dois moradores do município vieram a óbito por complicações causadas pela dengue grave. :: LEIA MAIS »
Para combater a dengue, agentes de endemias estão autorizados entrar em imóveis sem permissão
Conforme determinação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), os agentes de endemias têm autorização para entrar em imóveis fechados, abandonados e naqueles em que for recusado o acesso da equipe de monitoramento no combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e zika.
A entrada em imóveis deve ser feita pela equipe técnica acompanhada de um chaveiro para ter acesso à residência sem violação, e deve ocorrer apenas quando a ação for essencial ao bloqueio das doenças provocadas pelo mosquito e seus criadouros, em áreas identificadas como potenciais focos transmissores.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia, é importante que a população colabore com o trabalho do agente. “Acontecem frequentemente casos em que os moradores dificultam o trabalho do agente de endemias, principalmente em residências com placas de venda ou aluguel. Esses cidadãos precisam entender que é um serviço que garante a segurança deles e das pessoas próximas. As visitas frequentes contribuem para o monitoramento, controle e prevenção das arboviroses”, explicou. :: LEIA MAIS »
Casos de chikungunya estão subindo em Itabuna
A Coordenação de Combate às Endemias do Departamento de Vigilância em Saúde confirmou que os casos de chikungunya estão em alta em Itabuna. As notificações passam de 600, mas a chefe do Programa da Secretaria Municipal de Saúde, Lucimar Santos Ribeiro, acredita que os números podem ser ainda maiores.
Em razão disso, ela orienta as pessoas que apresentarem alguns sintomas como febre, dores intensas de cabeça, nas articulações e pelo corpo ou erupção vermelha na pele, procurem uma unidade de saúde mais perto de casa para a realização de exame sorológico. Lucimar pede, inclusive, que as pessoas não se automediquem.
Segundo ela, é importante a consulta nas UBS e USF, porque as notificações ajudam a identificar as áreas onde há mais casos da doença. “A partir das notificações, vamos reforçar o combate ao vetor para impedir o avanço de infestação”, alerta a coordenadora.
Lucimar lembrou ainda que a Prefeitura não dá tréguas ao Aedes aegypti e tem reforçado o combate, promovendo uma série de ações nos bairros e áreas centrais da cidade.
Além do controle diário, por meio de visitas domiciliares para tratamento focal e perifocal com inseticida em áreas com maior índice de infestação, também usa o suporte de um carro de som para alertar a população sobre o perigo das doenças causadas pelo mosquito e quanto aos cuidados que cada família deve adotar. :: LEIA MAIS »
Número de casos de doenças transmitidas pelo aedes aegypti cresce em Feira de Santana
O aumento no número de casos notificados de arboviroses – doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti – chama a atenção da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Desta forma, o órgão municipal alerta a população a adotar as medidas de prevenção com o objetivo de diminuir os índices de infestação vetorial e quebrar a cadeia de transmissão da doença.
De janeiro até o dia 7 de junho deste ano foram registrados 460 casos suspeitos de dengue, 132 de chikungunya e 6 de zika vírus. Desse total, 50 foram confirmados como dengue, 28 de chikungunya e um sendo zika vírus.
O coordenador do Centro Municipal de Referência em Endemias, Edilson Matos, afirma que o município vive um período crítico com o aumento de casos. “As pessoas se descuidaram. Temos na cidade 40 mil tanques descobertos, 12 mil casas fechadas, além de terrenos baldios, onde são jogados lixos e outros detritos. Tudo isso facilita a proliferação do mosquito”, ressalta.
Ele destaca que o trabalho do órgão municipal é realizado diariamente, inclusive nos finais de semana. Contudo, reitera que é importante a conscientização da população no combate ao mosquito. “As medidas de prevenção estão acontecendo diuturnamente em todo o município com ações de conscientização e combate efetivo. Mas, a população deve ser parceira nessa luta”, diz o coordenador de Endemias. Locais onde há focos do mosquito podem ser denunciados através do número 156. :: LEIA MAIS »
Bahia registra mais de 24 mil casos de dengue, zika e chikungunya
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia (Divep/Sesab) está em alerta para situação epidêmica de dengue e chinkungunya nas macrorregiões de saúde Sudoeste e Norte. De acordo com levantamento realizado até a 16ª Semana Epidemiológica de 2022, (até 23 de abril), foram notificados 24.500 casos das três arboviroses urbanas em todo o estado: dengue, chinkungunya e zika. Só de dengue, foram 14.732 casos, registrados em 271 municípios, com 16 óbitos.
Levantamento das últimas quatro semanas epidemiológicas revela dez municípios em epidemia para dengue: Urandi, Coaraci, Floresta Azul, Potiraguá, Apuarema, Mirangaba, Caatiba, Santa Cruz da Vitória, Remanso e Oliveira dos Brejinhos.
Em relação à chikungunya, no mesmo período, foram notificados 9.290 casos, um incremento de 19,6% em relação às notificações do mesmo período do ano passado. No total, 193 municípios notificaram casos, 49 deles com uma incidência de 100 casos para cada 100 mil habitantes. Os municípios das regiões de Itapetinga, Guanambi, Brumado, Itabuna, Caetité e Santa Maria da Vitória são os que registraram os maiores índices para esta arbovirose. Não houve registro de óbito.
Já os casos de zika também tiveram um incremento de 35,9%, com 557 notificações em 2022, contra 410 registradas no mesmo período de 2021. 69 municípios realizaram notificação para esse agravo, 5 deles apresentaram incidência igual ou maior que 100 casos/100 mil habitantes. Até o momento, não foi confirmado óbito para zika.
A Divep está monitorando os possíveis surtos das arboviroses urbanas nas macrorregiões. :: LEIA MAIS »