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Especialista baiano defende benefícios do canabidiol no tratamento da dor
A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas, podendo ser consequência de diversas condições clínicas, como lesões, doenças crônicas, inflamações e até mesmo alguns tipos de câncer. Apesar dos avanços na medicina, o tratamento nem sempre é alcançado com os medicamentos convencionais disponíveis, ou muitos pacientes ainda sofrem com os efeitos colaterais indesejados. Nesse contexto, o Canabidiol (CBD), um dos principais compostos encontrados na planta de cannabis sativa (maconha), tem sido objeto de crescente interesse e pesquisa médica para que se torne importante aliado no tratamento da dor.
O médico acupunturiatra, anestesiologista e clínico da dor, Walter Viterbo, defende – quando adequadamente indicado – o uso medicamentoso da substância. Ele justifica dizendo que, além da eficácia na redução da dor, o CBD apresenta vantagens adicionais em comparação com os analgésicos tradicionais. “Os efeitos colaterais são mínimos se comparados aos medicamentos opioides, que podem causar dependência e outros problemas de saúde. O CBD também possui menores riscos hepáticos do que os tradicionais medicamentos anti-inflamatórios não esteroides quando associados ao uso prolongado”, afirmou.
Walter Viterbo também destaca o sucesso da associação entre o canabidiol e sessões de acupuntura. “Cada pessoa responde de maneira diferente aos tratamentos, por isso são prescritos de forma muito individual por profissionais médicos. Mas, com certeza, são dois métodos naturais e menos invasivos que oferecem abordagem alternativa e potencialmente mais sinérgicas e segura para pacientes que enfrentam dores crônicas ou aquelas associadas a condições médicas específicas. Quando os tratamentos são associados aumenta o número de benefícios ao paciente podendo tratar além da dor crônica, a epilepsia, a insônia, ansiedade e doenças degenerativas, como Parkson e Alzheimer”. :: LEIA MAIS »
Justiça determina que União inclua na lista do SUS medicamentos à base de cannabis registrados pela Anvisa
A pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Eunápolis (BA), a Justiça Federal determinou que a União inclua medicamentos, já registrados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), à base de Canabidiol (CBD) e Tetraidrocanabinol (THC), substâncias provenientes da planta Cannabis sativa, na lista de fármacos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a União deve incorporar os que vierem a ser registrados posteriormente e oferecê-los regularmente à população, baseado em prescrição e relatório médico – desde que as alternativas já disponibilizadas pelo SUS não surtam efeitos no paciente. A sentença é de 18 de fevereiro deste ano.
De acordo com a decisão, não possibilitar o acesso dos pacientes ao medicamento ou tratamento de que necessitam, com cujo valor não podem arcar, é frustrar a determinação constitucional de permitir o acesso de todos aos serviços de saúde e ter uma vida digna. Ainda segundo a Justiça, o fato de o medicamento não integrar a lista do SUS não pode, por si só, ser impedimento para o fornecimento ao paciente. A sentença é fruto de três ações ajuizadas pelo MPF no município de Eunápolis. Duas pretendiam garantir o tratamento com base nestes fármacos para dois pacientes, especificamente, e a última ação, de natureza coletiva, buscava a defesa do direito à saúde, constitucionalmente protegido nos artigos 196 a 200 da Constituição Federal. :: LEIA MAIS »