:: ‘Casarão dos Olhos D’Água’
Entregues as chaves do Casarão dos Olhos D’agua ao Governo Municipal
Foram entregues nesta terça-feira (12) ao Governo Municipal as chaves do denominado Casarão dos Olhos D’agua. Considerada por historiadores a residência que deu origem a Feira Santana, a propriedade deverá sediar um Memorial Municipal do Vaqueiro.
A moradia, dizem os pesquisadores sobre a história da cidade, pertenceu ao casal Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa, que teriam sido os primeiros moradores locais. A Prefeitura passa a ser responsável pelo imóvel, por concessão da sua proprietária, a Fundação Pedra.
Dirigentes da Fundação fizeram a entrega das chaves ao representante do governo, Antônio Carlos Borges Júnior, secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico. O encontro ocorreu no próprio casarão.
O presidente da Fundação, Alfredo Pedra, espera que a casa seja recuperada e possa ser utilizada como instrumento de preservação da memória de Feira de Santana.
O secretário Antônio Carlos Borges Júnior, articulador da concessão do imóvel ao Município, diz que a luta agora será pela realização de uma ampla reforma na estrutura da residência, que se encontra bastante deteriorada. E também será feito um trabalho de busca do acervo que futuramente fará parte do Memorial Municipal do Vaqueiro, a ser implantado no local.
Casarão Olhos D`Água vai abrigar o Museu do Vaqueiro
O Casarão dos Olhos D`Água, referência histórica e cultural de Feira de Santana, vai abrigar o Museu do Vaqueiro. A Prefeitura de Feira de Santana e a Fundação Alfredo da Costa e Almeida Pedra firmaram um convênio com essa finalidade na última sexta-feira, 1º de julho. A iniciativa visa promover a cultura e a arte no município.
A partir de agora, o Governo Municipal passa a gerir o Casarão Olhos D’Água – entre as responsabilidades, deve garantir a manutenção do local e arcar com as despesas de água, luz e vigilância. O imóvel está situado na rua Araújo Pinho, bairro Olhos D’Água.
“A ideia é fazer naquele local, que é histórico, o Museu do Vaqueiro”, afirma o secretário municipal de Turismo, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior. Sendo assim, a Prefeitura, através da Settdec, se responsabiliza em organizar, executar e coordenar projetos de viabilização e fomento ao turismo.
O convênio tem prazo de 15 anos. Durante esse período, deverão ser desenvolvidos projetos de modo a contribuir com a formação cultural do Município, com ênfase na valorização da figura do vaqueiro.
O presidente da Fundação Alfredo da Costa e Almeida Pedra, Ney Pedra, considera essa parceria importante para no município. “Além de fomentar a cultura, valoriza a arte e promove a educação. Sem esses três pilares, as sociedades não progridem”, reconhece.
Vereador reclama de falta de utilidade do Casarão dos Olhos D’Água
O vereador Tonhe Branco (PHS) lamentou que o casarão dos Olhos D’Água esteja tomado pelo mato e não servindo a população como deveria após a sua reforma. “Muitas mães me procuram para fazer um curso de corte e costura e aquele local pode servir para isso, para ajudar os que mais precisam”, disse.
Karoliny Dias
Processo de tombamento garantirá preservação do Casarão dos Olhos D’Água
O Casarão dos Olhos D’Água, referência histórica e cultural que mais tarde daria origem à cidade de Feira de Santana, passará por processo de tombamento junto ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Desde novembro do ano passado, o secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Rafael Pinto Cordeiro, vem tomando as providências necessárias junto ao órgão estadual de preservação de bens de valor histórico-cultural. Com apenas 16 imóveis tombados, o ato evidencia momento histórico para a cidade.
Técnicos do IPAC já visitaram in loco o Casarão e, na oportunidade, emitiram laudo reconhecendo o valor sociocultural e a importância de preservação do imóvel, sendo favorável para a abertura do processo de tombamento, fundamentado sob os critérios de integridade e autenticidade. “É importante salientar que o processo de tombamento não significa a desapropriação de imóvel, continuando a pertencer ao proprietário que manterá a responsabilidade pela conservação e, também, garantirmos o reconhecimento por toda a comunidade da importância do Casarão e inquestionável valor histórico e simbólico”, pontua Cordeiro.