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Estoque da dívida pública atinge R$ 3,438 trilhões em outubro
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) passou de R$ 3,430 trilhões em setembro para R$ 3,438 trilhões em outubro — o que representa aumento, em termos nominais, de 0,22%. A variação deveu-se à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 30,97 bilhões, compensado, em parte, pelo resgate líquido, no valor de R$ 23,33 bilhões.
“O mês de outubro foi um mês um pouco mais desafiador, com aumento de taxas — o que gera alguma apreensão nos investidores, mas com impactos muito marginais na dívida”, afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, ao comentar o relatório mensal da DPF, divulgado nesta segunda-feira (27/11).
Ele concluiu que o balanço é positivo. Para o ano, para novembro e dezembro, não vamos ver grandes alterações nos números e o Plano Anual de Financiamento (PAF 2017) será cumprido”.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 0,02%, ao passar de R$ 3,311,95 trilhões para R$ 3,311,41 trilhões, devido ao resgate líquido, no valor de R$ 25,61 bilhões, compensado, parcialmente, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 25,07 bilhões.
Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve um aumento de 6,88% sobre o apurado em setembro, encerrando o mês de outubro em R$ 127,07 bilhões (US$ 38,78 bilhões).
Emissões e Resgates
Em outubro, as emissões da DPF corresponderam a R$ 66,59 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 89,92 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 23,33 bilhões, sendo R$ 25,61 bilhões referentes ao resgate líquido da DPMFi e R$ 2,28 bilhões referentes à emissão líquida da DPFe.
As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 57,13 bilhões, dos quais R$ 36,44 bilhões (63,79%) em papeis com remuneração prefixada, R$ 6,06 bilhões (10,60%) remunerados por índices de preços e R$ 14,58 bilhões (25,52%) em títulos indexados a taxa flutuante.
Composição
Em relação à composição da DPF, houve uma redução da participação da DPMFi, passando de 96,53%, em setembro, para 96,30% em outubro. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação ampliada de 3,47% para 3,70%.
A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 35,66% em setembro para 34,62% em outubro. A participação dos títulos indexados a índice de preços passou de 29,69% para 29,97%; enquanto a parcela dos títulos remunerados por taxa flutuante aumentou de 31,07% para 31,60% do estoque.
Detentores
Ainda que a Previdência tenha também apresentado variação positiva, o grupo Fundo de Investimentos voltou a ser o detentor de maior estoque da DPF, apresentando estoque de R$ 859,80 bilhões, que representa 25,96% do total. Entre setembro e outubro, o estoque da Previdência aumentou para R$ 840,17, em participação relativa correspondente a 25,37%.
A categoria Instituições Financeiras apresentou redução em seu estoque, que fechou o mês de outubro em R$ 711,98 bilhões, referentes a 21,50% do total. Os Não-residentes, por sua vez, aumentaram a participação R$ 6,90 bilhões de setembro para outubro e alcançaram o estoque de R$ 423,23 bilhões, que representa 12,78% do total.
Sem alterações significativas em suas participações, o estoque do Governo, que representava 4,82%, passou para 4,69%. A categoria Seguradoras, cujo acúmulo em setembro correspondia a 4,65%, fechou o mês de outubro com o equivalente a 4,03% do estoque global.
Vencimentos e prazo médio
O percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentou redução, passando de 17,22%, em setembro, para 16,99%, em outubro, dentro do intervalo do PAF.
O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 17,57%, em setembro, para 17,37%, em outubro. Os títulos prefixados correspondem a 56,63% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 22,57% desse total.
O prazo médio da DPF apresentou aumento, passando de 4,34 anos em setembro para 4,37 anos em outubro, também dentro do intervalo do PAF.
Tesouro Direto
As emissões do programa Tesouro Direto em outubro atingiram R$ 1,333 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 1,522 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 188,79 milhões.
“Apesar do saque líquido, é importante destacar o crescimento do estoque do Tesouro Direto”, ressaltou Leandro Secunho, que também observou que o volume financeiro do programa permaneceu relativamente estável e que o Tesouro Direto continua atraindo novos investidores.
O estoque alcançou R$ 47.849,63 bilhões, o que representa aumento de 0,48% em relação ao mês anterior. Em outubro, 60.426 novos participantes se cadastraram e o total investidores cadastrados chegou a 1.722.875, o que representa um incremento de 68,18% em relação ao mesmo mês do ano anterior.