:: ‘identidade cultural da Bahia’
Rui lança Concha Negra: “reafirma a identidade cultural da Bahia”
Palco maior da cultura da Bahia, a Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) passa a ser a casa também de toda a riqueza dos blocos afro a partir de setembro. O projeto ‘Concha Negra’ foi lançado pelo governador Rui Costa nesta terça-feira (15), em evento realizado na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Seis entidades foram convidadas a compor a programação, que segue até o mês de fevereiro.
“Estamos garantindo a presença da estética negra, a musicalidade e a dança nesse equipamento que completa agora um ano de reinaugurado. É um espaço onde cabem todos: o artista renomado que atrai um grande público e os grupos que carregam nossa história. Esse projeto ajuda a reafirmar a identidade cultural da Bahia. A ideia é essa e nós vamos manter isso como uma política de estado, incorporando outros grupos que simbolizam a nossa cultura e a nossa arte”, afirmou o governador.
Na primeira etapa participam do projeto os grupos que estiveram na reabertura da Concha: Filhos de Gandhy, Cortejo Afro, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Muzenza e Olodum, como explica Rose Lima, diretora artística do TCA. “Além das apresentações principais, cada espetáculo terá a participação de pelo menos um convidado especial e também uma abertura com o projeto ‘Janela Baiana’, uma ação que abre espaço para artistas ou grupos emergentes da Bahia nos eventos da Concha”.
O Afoxé Filhos de Gandhy faz a primeira apresentação no dia 3 de setembro, num espetáculo que terá a participação de Carlinhos Brown. Para o presidente do bloco, Gilsoney de Oliveira, o projeto dá mais visibilidade e acesso à musica afro baiana. “Certamente ajuda a potencializar e fomentar a cultura afrodescendente. Também dá suporte para uma maior sustentabilidade desses blocos. O Governo do Estado está de parabéns por essa iniciativa”.
Ação afirmativa
O projeto do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), através do próprio TCA e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), e em alinhamento com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), alimenta a diversidade que identifica a Bahia, suas tradições e patrimônios culturais.
Para a titular da Sepromi, Fabya Reis, o projeto dá oportunidade para que os grupos afro da Bahia reforcem o combate ao racismo. “Esses grupos são fundamentais para divulgar e valorizar a contribuição do povo negro na formação cultural de nosso estado”, comenta.
Programação
Muzenza (8/10), Ilê Aiyê (19/11), Cortejo Afro (17/12), Olodum (7/1/2018) e Malê Debalê (4/2/2018) completam a lista de apresentações. Os shows acontecerão sempre aos domingos, às 18h, com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Os blocos afro convidados serão remunerados com cachê fixo e ainda recolherão o valor arrecadado em bilheteria.