:: ‘Legislativo Feirense’

Está ficando esquisito os vereadores de oposição na Câmara Municipal de Feira de Santana não reivindicar o tempo da minoria que hoje pertence ao vereador Edvaldo Lima (PP). Já está mais do que claro que Edvaldo faz parte da bancada governista na Casa. Os filhos do vereador possuem cargos no Governo Municipal. Inclusive seu filho, o advogado Átila Leite, se tornou a pouco tempo subprocurador do Município.

O vereador Gilmar Amorim (PSDC) voltou a falar na tribuna do Legislativo feirense a respeito da sua reclamação sobre Cemitério São Jorge. De acordo com o vereador, neste domingo ele participou de um enterro no local e notou mudanças. “Encontrei o cemitério mais limpo, mas com mosquitos ainda. Mas muito menos do que encontrei no passado”, destacou.

Ele agradeceu a administração do local pela limpeza e ressaltou que esse agradecimento também era do povo de Feira de Santana. “Da mesma forma que subimos a tribuna para fazer críticas temos que ter a humildade de fazer elogios”, concluiu.

O vereador Marcos Lima (PRP) em seu discurso no Legislativo feirense criticou os deputados chamados de fora que vem para a cidade de Feira de Santana, angaria votos e depois somem. “Assisto a TV Câmara e não vejo nenhum feirense subir e buscar por nossa cidade, reclamar por melhorias. Peco aos vereadores e cabos eleitorais que analisem e vejam que a cidade precisa de gente comprometida porque o povo sofre por falta de conhecimento”, afirmou.

Marcos destacou ainda que no próximo ano haverá eleições e todas as áreas mais importantes dependem da política. “Se dependemos da político precisamos eleger políticos sérios e que tenham compromisso com o nosso povo”, concluiu.

O vereador Zé Filé (PROS) não concordou com o pronunciamento no Legislativo feirense do seu colega, o vereador Marcos Lima (PRP), que destacou que o povo de Feira de Santana tem que saber votar e eleger um representante da própria cidade para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Na opinião de Zé Filé, para ter compromisso com a cidade um deputado federal ou estadual não precisa necessariamente ser da cidade até porque ele é eleito para representar o estado. “O que acontece é que alguns deputados depois de eleitos ao invés de buscar benesses para o povo, busca para eles”, explicou.

É por esse motivo, segundo ainda o oposicionista, que todos nós temos que saber escolher os nossos representantes. Sobre os cabos eleitorais, Zé Filé ressaltou que se ele é pago para angariar votos para os “Se o cabo eleitoral é pago lógico que ele não terá nenhuma moral para cobrar nada para a comunidade a qual representa”, concluiu.

O vereador Roberto Tourinho (PV), em seu discurso na manhã desta terça-feira (06) na Câmara Municipal de Feira de Santana, destacou o estarrecimento do povo brasileiro com os últimos acontecimentos na política brasileira. Tourinho falou sobre as delações dos donos da JBS, os empresários Joesley e Wesley Batista, que tinham o intuito de deixar em maus lençóis o Governo Federal e o Poder Legislativo para destruir a nação brasileira e “hoje descansam esplendidamente na terra do Tio Sam”.

“Como se já não tivéssemos visto tudo, vimos o senhor Geddel Vieira Lima, conhecido no mundo do crime como Geddel Boca de Jacaré, que tem fome do dinheiro público desde os 20 anos de idade quando começou a ocupar cargos público com Antônio Carlos Magalhães, se descobre em um apartamento em Salvador mais de R$ 51 milhões surripiado dos cofres públicos”, criticou.

O vereador ainda ressaltou que até pouco tempo Geddel era recebido com fogos por alguns políticos da Bahia e em especial de Feira de Santana. “Caiu a máscara para aqueles que lhe davam tapinhas nas costas e pousavam para fotografia. Cadeia para Geddel Vieira Lima, marginal da vida pública”, completou.

Tourinho ainda destacou a corrupção para que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida como sede das Olimpíadas que aconteceram no Brasil em 2014. “Soubemos que membros do conselho olímpico receberam em torno de R$ 2 milhões para fraudar e fazer do Brasil sede das Olimpíadas. O dia de ontem entra para a página negra do nosso país”, lamentou.

A política nacional e os seus desdobramentos escandalosos foram tema do discurso da vereadora Eremita Mota (PSDB) na manhã desta terça-feira (06), na Câmara Municipal de Feira de Santana. Na opinião da vereadora o povo tem que ter a consciência de não votar em políticos que queiram comprar o seu voto.

Eremita ainda destacou que há a forma correta de se fazer política que é fazendo aquilo para que é eleito: servir o povo. “Fazer política servindo ao povo é muito gratificante. As vezes o servir é até dar uma palavra”, afirmou.

Sobre ser candidata a deputado estadual, a vereadora disse que tem a vontade de disputar o pleito, mas o costume de se comprar votos dificulta a campanha. Ela ainda lamentou que os políticos se aproveitam da carência das pessoas para comprar o voto até mesmo por um par de sapatos. “As pessoas falam que estão apoiando algum deputado porque estão sendo beneficiadas de alguma maneira. É preciso se ter uma campanha séria que informe as pessoas de que isso não pode acontecer. O voto deve ser dado por confiança e credibilidade. Ou é assim ou iremos continuar na mesmice”, falou.

A vereadora ainda destacou a sua competência para assumir uma vaga na Assembleia Legislativa. “O Estado da Bahia ganharia muito de ter uma mulher com a minha experiência política e o meu caráter. A quantidade de mulheres é muito pouca”, lamentou.

Ela concluiu sua fala dizendo que está estudando Ciências Políticas e no que tem estudado disse não acreditar em mudanças na política brasileira, já que enquanto um candidato não sede aos pedidos aos eleitores, outros dão. “Só acreditarei quando os candidatos não gastem direito e coloquem em cheque o seu caráter”, finalizou.

Falando sobre as exonerações e nomeações do novo presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, o vereador Tom (PEN) destacou a competência do ex-procurador da Casa, Magno Felzemburg, que também foi exonerado na leva. A justificativa de José Carneiro (PSDB) para a exoneração de Magno é de que ele teria agido na Casa como advogado de Tom e não como procurador.

“Quero deixar claro que quem nomeou Magno foi o saudoso vereador Ronny que acertou em trazê-lo para o Poder Legislativo pelo seu conhecimento e caráter. Naquela situação a prerrogativa era minha de fazer o Poder andar e ele teria que me ajudar. Quero deixar claro que Dr. Magno não é meu advogado”, afirmou.

Tom deixou claro ainda que se não houvesse a interferência do Poder Executivo o rumo da eleição da Casa seria outro. Ele pediu ainda uma reunião com a Mesa Diretiva porque teria assuntos para tratar e precisa passar para todos os vereadores. “O Poder Legislativo de Feira de Santana tem que ser independente. Digo isso e repito quantas vezes for necessária”, concluiu.

Explicações

O presidente do Legislativo feirense, José Carneiro (PSDB), explicou a sua fala nas rádios da cidade. “Temos que conviver com pessoas que nos identificamos e no momento a pessoa que me identifico é o procurador Dr. Ícaro Ivvin. Substituímos um advogado competente por outro competente, mas com características diferentes”, justificou.

Utilizando a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana na manhã desta segunda-feira (04), o vereador Tom (PEN) destacou o descaso na área da segurança pública não somente em Feira de Santana como em toda a Bahia.

O vereador disse que foi ao velório de um amigo que recebeu uma bala perdida no campo do Beira Riacho, e que o mesmo ficou alguns dias no hospital, não resistiu e veio a falecer no sábado.

“Fico triste porque o lazer de nossa comunidade é aquele campo de futebol. Aos sábados e domingos a comunidade vai até ele para se divertir”, disse.

O edil ressaltou ainda que toda a comunidade está de luto já que Vicente, morador antigo do bairro da Rua Nova, nada tinha a ver com o marginal que era o alvo do bandido que atirou. “Três pessoas que nada tinha a ver foram atingidas e seu Vicente morreu esse final de semana”, lamentou.

O vereador Zé Filé (PROS), em seu discurso na tribuna do Legislativo feirense na manhã desta segunda-feira (04), destacou que não defende a ilegalidade, mas que a Prefeitura Municipal de Feira de Santana não renovou a licitação de várias categorias do transporte urbano da cidade. Por esse motivo todos estariam rodando irregularmente. “Cadê as licitações das vans e mototaxistas que já venceram e até agora não fizeram nada? Se eles estão rodando irregularmente não se deve perseguir os pais de família que trabalham como ligeirinho para ganhar o pão de cada dia”, afirmou.

Filé disse que a perseguição a esses pais de família não é justa já que todos estão rodando irregularmente. Zé ressaltou ainda que se todos estivessem regulares e legais até concordaria com a busca implacável da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) aos ligeirinhos. “Defendo é a regularização de todos os meios de transporte e que todos tenham a mesma oportunidade”, concluiu.