:: ‘mandato cassado’
Queimadas: Vereador acusado de assédio pode ter mandato cassado
O vereador Lázaro José (PSB), representante da cidade de Queimadas, localizado na região Sisaleira, a cerca de 300 km de Salvador, pode perder o seu mandato por causa de uma denúncia de assédio feita em 2017 pela servidora Débora Ferreira.
Débora contou ainda como se deu o assédio. Na época, ela trabalhava em uma das Secretarias Municipais da cidade e disse ter sido assediada através de mensagens via redes sociais. “Essas mensagens foram se intensificando até eu ser trancada na sala dele, ser imprensada contra a parede, ter sido beijada a força e ter tido os meus seios tocados. Ele tocou em meu corpo. Eu tentei empurra-lo e fiquei em cárcere. Ele trancou a sala com a chave”.
Para sua sorte, lembra Débora, havia uma porta lateral que não estava trancada e foi através dela que conseguiu sair da sala. “Apresentei provas contundentes do assédio e estou com a verdade”.
Um processo com o pedido de cassação do vereador foi instaurado na Câmara de Vereadores da cidade e houve uma reunião nesta terça-feira (30) para decidir quem serão os vereadores que farão parte da comissão que analisará o caso e decidirá o futuro de Lázaro. “Espero que os vereadores façam o que nós esperamos: que represente a nós mulheres que somos vítimas desse crime para que não aconteça novamente nem comigo e nem com nenhuma outra mulher”.
Para Débora, como os vereadores foram eleitos para representar o povo e o mínimo que ela espera deles é que eles lhe representem agora. “Um homem com o comportamento que ele tem não pode ter o poder de ser vereador”, disse.
Lázaro ocupava um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), ocupada pelo deputado licenciado do Angelo Almeida, do seu partido, mas foi exonerado no último dia 23 de abril justamente por causa dessa denúncia.
Resposta do vereador
Procurado pela reportagem, o vereador disse que as denúncias feitas contra ele não procedem e que ele vai aguardar o resultado dos processos que tem contra ele. Lázaro já responde na justiça por esse crime. “Houve um levantamento falso dessa pessoa contra mim para tentar me prejudicar. O processo não tem fundamento, não tem prova e não avançou e não vai avançar. Não há provas que o sustente”. :: LEIA MAIS »