:: ‘Metrô de Salvador’
Audiência busca acordo para encerrar greve nas obras do metrô
Uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA) foi marcada para esta sexta-feira (13), às 9 horas, reforçando as negociações entre o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem do Estado da Bahia (Sintepav). O objetivo é pôr fim à greve dos trabalhadores em diversas obras no estado, entre elas a do metrô de Salvador, que está parada desde a última sexta-feira (6), por conta da campanha salarial da categoria. A audiência ocorrerá na sala de sessões do Pleno do Tribunal (Rua Bela Vista do Cabral, 121 – Nazaré), e será conduzida pela desembargadora Maria de Lourdes Linhares, presidente do Tribunal e da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SEDC).
Na primeira audiência, realizada na tarde desta quarta-feira (11), a desembargadora presidente ouviu as partes e propôs o retorno dos empregados ao trabalho, tendo em vista que ainda não se encerraram as negociações entre as partes, que já vinham acontecendo com a apresentação da pauta da data-base da categoria.
O dissídio coletivo foi suscitado pelo Sinicon depois do início da greve no último dia 6. O impasse nas negociações, de acordo com o Sintepav, envolve a falta de obrigatoriedade do pagamento da cesta básica; a suspensão do contrato de experiência de 30 dias, e a retirada da obrigatoriedade do pagamento da chamada Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros pontos da nova convenção coletiva. Segundo a presidente do TRT5, caso as partes não entrem em consenso na próxima audiência, será designado um relator e o processo vai a julgamento.
Durante a audiência no TRT5, o sindicato das empresas (Sinicon) foi representada pelos advogados Luis Henrique Maia Mendonça e Renilda Cavalcanti. Representando o Sintepav-BA, compareceram o presidente e o vice-presidente do sindicato, Irailson Warneaux de Oliveira e Emerson Silva Gomes, respectivamente, acompanhados do advogados Flávio Cumming da Silva e do deputado federal Bebeto Galvão, que atua como secretário financeiro patrimonial e administrativo do Sintepav.
Deputada quer renomear estação do metrô de Salvador
Baseado-se no artigo 139 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa da Bahia, a deputada Maria del Carmen (PT) solicita junto ao governo baiano a alteração do nome da estação do metrô, de Detran para Saramandaia. A mudança seria uma homenagem à história do bairro Saramandaia.
Para a autora da proposta, a alteração no nome da estação é uma forma mostrar a necessidade de apoiar o desenvolvimento e valorização do bairro e seus moradores que, segundo Maria del Carmen, “ainda têm que lidar com problemas relacionados à segurança, sobretudo pela falta de infraestrutura e serviços urbanos, o que interfere na dinâmica local”.
Maria del Carmen ressalta que o Departamento de Trânsito da Bahia (Detran), localizado na Avenida Antônio Carlos Magalhães, nas imediações da nova estação do metrô, razão pela qual se nomeia como Estação Detran, terá suas instalações transferidas para o bairro de Águas Claras, não sendo feliz, portanto, a escolha do nome para a Estação.
Ainda segundo a proponente, a alteração do nome de Estação Detran para Saramandaia será mais coerente, uma vez que, mesmo com a saída do órgão do atual local, a nomenclatura da estação estará condizente, pois, a mesma estará instalada nas proximidades do bairro de Saramandaia.
SARAMANDAIA
O bairro surgiu em razão da construção do Terminal Rodoviário de Salvador, em 1975, quando os trabalhadores, findos os serviços de construção do terminal, ocuparam as áreas ociosas próximas ao local. De forma gradativa, houve ocupação do território e, desta forma, este assentamento cresceu. Com muita luta, determinação e resistência para vencer os conflitos oriundos da intervenção policial, consolidou-se Saramandaia. Localizada em uma região de intensa especulação imobiliária, Saramandaia é classificada e protegida pela legislação como uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis), ou seja, zonas destinadas aos assentamentos habitacionais de população em vulnerabilidade social, econômica e espacial.