:: ‘mulheres’
Sub-representação feminina nos municípios caiu mais da metade após cota de gênero
Nas eleições municipais mais recentes, em 2020, 30 municípios brasileiros elegeram a primeira mulher vereadora em 20 anos. No entanto, de acordo com dados da Justiça Eleitoral, 21 municípios brasileiros não elegeram nenhuma mulher como vereadora desde a virada do século, em 2000.
Apesar de ainda surpreender o fato de as mulheres – que são maioria na sociedade – não estarem proporcionalmente representadas na política, esse número de duas dezenas de cidades sem vereadoras em 24 anos ofusca um grande avanço, uma vez que, de 2000 a 2016, o número de cidades que não elegeram vereadoras era ainda maior, um total de 51 municípios.
Os números permitem afirmar, portanto, que houve uma queda de 58,82% na sub-representação feminina nas casas legislativas municipais entre as duas últimas eleições.
A quantidade de cidades sem representação feminina na política municipal ainda é alarmante. Em 2020, por exemplo, o número de câmaras 100% masculinas chegou a 846 municípios. Contudo, essa soma fica bem abaixo dos 2.072 municípios sem vereança feminina em 2008.
Maior número de candidatas :: LEIA MAIS »
Casa da Mulher Brasileira é inaugurada na Bahia
Nesta terça-feira (19), a Bahia recebeu um importante equipamento para a proteção e assistência às mulheres vítimas de violência com a inauguração da primeira unidade no estado da Casa da Mulher Brasileira (CMB), localizada na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e da Secretária da SPM, além de autoridades municipais. Com capacidade para atender 100 mulheres por dia, com funcionamento 24h, durante todos os dias da semana, a CBM inicia atendimento a partir desta quarta-feira (20).
O atendimento é garantido às mulheres residentes em Salvador, sendo os serviços de emergência, segurança e Justiça disponíveis para todas as mulheres, independentemente do município. Durante a cerimônia de inauguração, Jerônimo destacou a importância de investir em equipamentos que oferecem suporte às mulheres em situação de vulnerabilidade. Ele ressaltou a relevância de agregar órgãos estaduais em um mesmo espaço, promovendo uma abordagem integrada para lidar com a violência de gênero.
“É uma ferramenta importante para amplificação da consciência e enfrentamento ao medo. Aqui dentro tem cartório, delegacia e atendimento psicológico. Então, entregamos essa casa com muita alegria, esperando que a gente possa, ainda em 2024, fazer mais entregas como estas em outras cidades”, pontuou o governador.
A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfatizou a importância da Casa da Mulher Brasileira nas ações de enfrentamento à violência de gênero. “São dez serviços de atendimento especializados e o atendimento psicossocial, tudo reunido na Casa da Mulher Brasileira, para que as mulheres possam ser atendidas de uma forma integral, com todos os serviços, sem precisar fazer a rota crítica, que é passar de lugar em lugar”, explicou a ministra. :: LEIA MAIS »
Feira de Santana: Sala especializada para mulheres vítimas de violência é inaugurada
A Prefeitura Municipal de Feira de Santana (PMFS), por meio da Fundação Hospitalar, inaugurou nesta quinta-feira (14) uma sala especializada para mulheres vítimas de violência física ou sexual. A iniciativa conta com investimento de R$250 mil e visa humanizar o atendimento a essas mulheres.
A sala, que fica no Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC), conta com equipamentos modernos, como uma cadeira ginecológica automatizada, um colposcópio, monitores de TV e ar-condicionado. Além disso, a sala foi decorada de forma a proporcionar um ambiente acolhedor e respeitoso às mulheres que sofreram violência.
O prefeito Colbert Martins Filho, que participou da inauguração, destacou a importância da sala para as mulheres vítimas de violência. “Essa sala será referência para essas mulheres. Aqui elas poderão ter um acolhimento especializado e respeitoso. Com todos os serviços já existentes, aqui elas vão fazer a prevenção do câncer com equipamentos de tecnologia avançada que pode detectar inclusive o câncer em fase inicial”, disse o prefeito.
A secretária de Saúde, Cristiana Campos, ressaltou que a sala especializada é um avanço na saúde da mulher e vai fazer grande diferença na vida não apenas das mulheres que sofrem violência, mas a todas as pacientes do CMPC.
A secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Gerusa Sampaio, também destacou a importância da parceria entre os órgãos municipais da saúde e da SMPM. :: LEIA MAIS »
Gesto com as mãos pode salvar a vida de mulheres vítimas de violência
O gesto de abrir a palma da mão e esconder o polegar sob os dedos, interpretado como um pedido de socorro de mulheres em situação de violência, tem sido ensinado pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) aos colaboradores de estabelecimentos noturnos, como bares e restaurantes, durante a blitz “Ei, Moça!”.
O objetivo é preparar esses profissionais para reconhecer um pedido de ajuda e colaborar de forma eficiente. Além do sinal, a equipe da blitz “Ei, Moça!” realiza a aplicação de cartazes nos banheiros femininos.
O sinal é feito em três etapas. Na primeira, a mulher deve estar com a mão levantada e a palma voltada para fora. Na segunda, ela deve dobrar o polegar e por fim, na última etapa fechar os outros dedos sobre ele.
A Chefe da Divisão de Promoção dos Direitos da Mulher, Josailma Ferreira, orienta que em caso de avistar alguma mulher pedindo ajuda com as mãos a recomendação é de que seja feita uma abordagem de forma disfarçada, como se a conhecesse de algum lugar, retirá-la do espaço em que estava e perguntar se está tudo bem. “Após a abordagem, se constatada a situação, a pessoa que ajudou deve telefonar para o 180, 190 ou 156 e encaminhá-la para algum órgão da rede de proteção à mulher”, orienta.
Josailma também ressaltou que um dos principais motivos para a grande importância desse mecanismo é que, por vezes, mulheres em situação de violência podem não ter coragem de se expressar verbalmente, mas por meio do sinal o pedido de ajuda se torna mais fácil. “O gesto não tem sido muito debatido na população. É necessário que seja mais divulgado, ampliado nas redes sociais, nas rodas de conversa e no meio acadêmico para as pessoas terem conhecimento sobre esses mecanismos”, alertou. :: LEIA MAIS »
Brasil tem mais de 1 milhão de pescadores profissionais e 49% são mulheres
De acordo com o recente levantamento do Painel de Consultas do SISRGP (Registro Geral da Atividade Pesqueira), o Brasil conta neste momento com 1.035.478 pescadores profissionais ativos, todos devidamente licenciados. Desse total, 507.896 são mulheres – o que representa 49% de participação feminina no ofício.
Estes dados foram gerados após a conclusão dos trabalhos da força-tarefa que envolveu 80 servidores dos ministérios da Pesca e Aquicultura, Trabalho e Emprego, e Previdência Social. Esse grupo ficou reunido por 56 dias, entre 15 de setembro e 10 de novembro, num centro de processamento de dados montado no hotel do SESC, em Sirinhaém, litoral sul de Pernambuco. E lá fez o processamento de 180.638 pedidos de RGP acumulados nos últimos anos.
O estado do Maranhão se destaca como líder em números de pescadores, contando com uma comunidade de 150.691 mulheres e 116.935 homens dedicados à pesca (267.626 ao todo). Ele não só é o maior, como é um dos cinco em que há mais mulheres do que homens exercendo o ofício da pesca. Os outros são Pernambuco (55% de mulheres), Sergipe (62%), Bahia (58%) e Alagoas (58%).
Em relação ao total da comunidade pesqueira, o segundo colocado geral é o Pará, com 100.705 mulheres e 107.706 homens (208.411) envolvidos nessa atividade. Supreendentemente, o terceiro estado mais “pesqueiro” do Brasil é a Bahia, com 116.989 pescadores e pescadoras, que fica bem à frente dos 79.961 do Amazonas, quarto colocado, que é cortado de lado a lado pelo rio com maior volume d´água do planeta.
A unidade federativa com menor número de pescadores é o Distrito Federal, com somente 323. Goiás (2.166) e Mato Grosso do Sul (5.360) completam a lista dos três menores. :: LEIA MAIS »
Em um ano, Prefeitura de Feira de Santana registra aumento de quase 20% de mamografias realizadas
A rede de saúde da Prefeitura Municipal de Feira de Santana (PMFS) vem registrando crescimento na realização de mamografias em mulheres. Neste ano, entre janeiro e outubro, foram feitos 9.840 exames. Um aumento de 19,8% em comparação ao ano de 2022, quando foram contabilizados 8.211 exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os atendimentos foram concentrados no Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem (CMDI) e no Centro de Pesquisa Assistência Reprodução Humana (CEPARH).
A mamografia é um exame muito importante para auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de mama e apresenta grande eficácia comprovada para a redução da mortalidade do câncer de mama.
As marcações para o CMDI são realizadas por meio do sistema da Central Municipal de Regulação, simplificando o processo e garantindo agilidade no atendimento. Para o CEPARH, o encaminhamento é realizado diretamente pela unidade de saúde do bairro, facilitando o acesso dos pacientes aos serviços de diagnóstico. :: LEIA MAIS »
Mulheres quilombolas empreendem e têm bons resultados com a avicultura
No Quilombo Barra do Parateca, no município de Carinhanha, 25 mulheres brilham sendo exemplos de como o incentivo em comunidades rurais pode gerar grandes mudanças. Elas, que enfrentaram dificuldades financeiras e a falta de perspectivas, tiveram suas vidas transformadas através da entrega de kits produtivos de avicultura. A atividade se tornou mais do que fonte de renda, agora possibilitou uma nova vida, repleta de oportunidades.
Os kits produtivos foram entregues pelo Governo do Estado, em uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Velho Chico (CDS Velho Chico). Cada kit inclui 100 pintos, materiais para a construção dos galinheiros, comedouros, bebedouros, vacinas e ração. No entanto, a construção dos galinheiros foi a contrapartida da comunidade e foi uma tarefa realizada pelas próprias mulheres, que colocaram a mão na massa, literalmente, para fazer esse projeto ganhar vida.
Michelle Ferreira, uma das beneficiárias, compartilha sua experiência. “Fizemos parte de cada pedra colocada, participamos da construção de cada galinheiro. Quando os pintinhos chegaram, foi uma alegria indescritível. Nossas vidas melhoraram. Agora, ovos fazem parte da alimentação dos nossos filhos e da comunidade. Em casa, estamos comendo melhor e o dinheiro dos ovos está nos ajudando a trazer mais alimentos para nossa família. Estou conquistando minha independência financeira e quero que nossos ovos alcancem ainda mais pessoas”.
Resiliência em Meio à Seca
Joseane Neves também teve sua vida transformada pela ação. “Quando o projeto chegou aqui, enfrentávamos uma seca severa. Começamos a criar pequenas hortas e, quando recebemos os kits produtivos, nossa vida mudou completamente. Isso foi um aprendizado grande. Na minha vida, representa tudo, porque agora posso dizer que meus filhos têm comida para comer, o que era uma luta antes. Essa renda é essencial para nossa sobrevivência”. :: LEIA MAIS »
Projeto “OAB nas escolas” percorre unidades de Feira de Santana e região
A Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher e da Advogada tem realizado, há algum tempo, um projeto intitulado “OAB nas escolas”. Nesta terça-feira (24), por exemplo, membros da Comissão visitaram a Escola Antônio Antunes, situada no Distrito de Humildes, para palestrar sobre violência contra a mulher, as medidas protetivas e as formas de denunciar.
Conforme a presidente da Comissão em Defesa dos Direitos das Mulheres e Advogadas da OAB Subseção Feira de Santana, Esmeralda Halana, o projeto busca levar a esses ambientes escolares a discussão sobre legislações e direitos “a fim de informar essa nova geração de cidadãs e cidadãos que farão parte dessa sociedade para que eles possam promover, então, essa diferença e tenham conhecimento dos seus direitos e deveres”.
“Através da Comissão, a gente leva palestras, sobretudo, dos direitos das mulheres, abordando temas como relacionamentos tóxicos, abusivos, violência doméstica e familiar, Lei Maria da Penha, e rede de apoio e proteção em Feira de Santana. Visitamos não só escolas públicas e particulares, mas também várias faculdades”, afirma. :: LEIA MAIS »
Evento voltado para trancistas pauta a importância da regulamentação da profissão
Com uma plateia repleta de mulheres negras, o 3° Trancista Master aconteceu no dia 8 de outubro, no Hotel Fiesta, em Salvador. Mais de mil mulheres participaram do evento, que teve como objetivo principal discutir a importância da regulamentação da profissão de trancista. O encontro contou com profissionais renomados da área para compartilhar suas experiências e debater sobre o assunto.
Durante o evento, foram abordados diversos aspectos relacionados à profissão de trancista e a sua regulamentação. Foi destacada a importância de reconhecer e valorizar a expertise dessas profissionais, que possuem técnicas e conhecimentos ancestrais, específicos para cuidar e tratar dos cabelos crespos. E, como a profissão de tracista possibilita que mulheres pretas conquistem a autonomia financeira através do empreendedorismo afro.
Entre os principais pontos discutidos no evento, foram colocados a importância da qualificação profissional, o combate à informalidade e à exploração das profissionais, visto que muitas acabam trabalhando de forma irregular e sem proteção social. Foi pontuado também a importância de estabelecer critérios claros para a formação e atuação das trancistas, fatores esses que garantem a qualidade dos serviços prestados e a segurança dos clientes.
Para Anna Telles, responsável pelo evento, a regulamentação da profissão é fundamental não só pelo reconhecimento profissional, mas, principalmente, por oportunizar benefícios específicos e os direitos trabalhistas. “As doenças que acometem as trancistas são diferentes de outras categorias, a exemplo de uma cabeleireira. Uma trancista fica em pé e repete os mesmos movimentos com as mãos por muitas horas para finalizar um trabalho. Então, além das doenças por esforço repetitivo, há o comprometimento de outras partes do corpo. A regulamentação da profissão de trancista é um dispositivo legal que pode assegurar e garantir direitos específicos para a categoria”, afirma Anna. :: LEIA MAIS »