:: ‘negras’
No Brasil, 67,7% das gestantes diagnosticadas com HIV são negras
De 2011 a 2021, o número de casos de HIV detectados em grávidas pardas e pretas aumentou ano a ano, evoluindo de 62,4% em 2011 até o percentual de 67,7% em 2021, com maior proporção entre as gestantes de 15 a 29 anos, que representaram 69,6% destas notificações. É isso que indica o segundo volume do Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra, lançado nesta segunda-feira (23). O documento do Ministério da Saúde é uma importante ferramenta de monitoramento dos indicadores de saúde entre as pessoas negras e vai guiar políticas públicas de combate ao racismo, redução das desigualdades e promoção da saúde ao longo dos próximos anos, em mais um passo pela igualdade racial no país, uma das prioridades do Governo Federal.
No Brasil, a notificação de gestantes, parturientes e puérperas com HIV é obrigatória desde 2000, com o objetivo de prevenir a transmissão vertical, ou seja, a passagem da infecção da mãe para o bebê. Ainda assim, o boletim epidemiológico indica que, em 2021, a proporção de pessoas negras com menos de 14 anos notificadas com aids ultrapassa 70% (com 6,3% de pretos e 64,9% de pardos). O documento também aponta aumento de 12% na proporção de pessoas pretas e pardas testadas com HIV ou aids entre 2011 (50,3%) e 2021 (62,3%).
No caso das mortes por aids, os negros e negras também são as maiores vítimas, com números que aumentam significativamente a cada ano. O índice passou de 52,6% em 2011 até chegar a 60,5% em 2021. Isso representa quase dois terços do total de óbitos em relação a pessoas brancas (46,5% de pardos e 14,0% de pretos).
O cenário é semelhante ao da sífilis adquirida. Para essa doença, a proporção de casos em pessoas negras é maioria em todas as faixas etárias, com destaque para indivíduos de até 14 anos, com 64,6% de negros, sendo 53,4% pardos e 11,2% pretos. A menor proporção de negros está na faixa de idade de 50 anos ou mais (56,1%) e indivíduos de 30 a 39 anos (59,8%). :: LEIA MAIS »
Governo realiza seminário de valorização e empoderamento das servidoras negras
‘Promoção da Equidade de Gênero e Raça na Bahia’ é o tema do seminário que o Governo do Estado realiza nesta quinta-feira (23), na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, como atividade integrante das mobilizações do ‘Julho das Pretas’, ação promovido pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) para marcar o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha (25 de julho).
O objetivo do seminário é debater políticas públicas na área e dar visibilidade às servidoras negras estaduais, além de estimular seu engajamento e empoderamento. A concentração para o evento será na rampa oficial de acesso à Assembleia, num ato de sensibilização sobre ocupação dos espaços de poder pelo segmento feminino. O evento é organizado pela Sepromi e as secretarias estaduais de Políticas para as Mulheres (SPM), Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e Cultura (Secult).
Fonte: Secom Bahia