:: ‘neurocirurgião’
No mês da conscientização sobre a Doença de Parkinson, neurocirurgião explica quais são os sintomas e tratamentos
No dia 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Informar-se sobre essa doença comum à sociedade pode ser fundamental para a busca de ajuda médica no tempo adequado e para a realização de um tratamento responsável.
O Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Ela causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. O Neurocirurgião Eduardo Varjão explica melhor sobre a doença, os sinais, sintomas e tratamentos.
Eduardo Varjão explica que a doença piora com o passar dos anos e pode afetar outras funções do nosso cérebro, como o aprendizado e a memória. “No início, o Parkinson geralmente causa apenas sintomas leves. Entretanto, à medida que o tempo passa, os sintomas podem afetar a capacidade da pessoa de trabalhar e até mesmo realizar atividades cotidianas”, disse.
De acordo com o neurocirurgião, os sinais e sintomas mais comuns relacionados a essa condição são tremores, rigidez nos músculos e dificuldade de se movimentar. “Hoje já existem vários medicamentos que podem melhorar os sintomas da doença de Parkinson e outros em estudo para evitar que ela evolua. Infelizmente, ainda não temos nenhum tratamento para cura”, explica.
Ainda de acordo com Eduardo Varjão, pessoas com doença de Parkinson que não melhoram com outros tratamentos, às vezes, podem receber um tratamento chamado “estimulação cerebral profunda” (também chamado de “DBS” – do inglês, Deep Brain Stimulation). “Esse tratamento consiste em uma cirurgia para colocar fios em uma parte do cérebro que ajuda a controlar o movimento muscular. Os fios são presos a um dispositivo que é implantado sob a pele, geralmente próximo à clavícula, muito parecido com um marca-passo. Ele envia sinais elétricos para o cérebro para reduzir esse movimento anormal gerado pela doença”, informou. :: LEIA MAIS »
“Hidrocefalia pode ser detectada no pré-natal”, alerta neurocirurgião do HEC
Casos de hidrocefalia chegam ao Hospital Estadual da Criança (HEC) frequentemente. De fácil detecção, tanto na fase pré-natal como na fase pós-natal, a doença é o acúmulo de excesso de líquido no interior do cérebro, o que leva ao aumento da pressão intra-cerebral.
Segundo o neurocirurgião do HEC/LABCMI, Dr. Rui Nei Araújo, o cérebro humano possui uma cavidade no interior dele chamada ventrículo, onde é acumulado um líquido especial denominado líquor. “Nós produzimos e absorvemos esse líquido todos os dias, de forma a manter uma quantidade no cérebro e na medula em torno de 150 ml. Porém, na hidrocefalia (em torno de 90% dos casos), pode haver uma dificuldade na absorção do líquor – o que provoca um aumento da quantidade de líquido no interior do cérebro -, ou uma super produção desse líquido”, explica.