:: ‘Pesquisadoras’
Pesquisadoras criam bioindústria para produção de insumos para cosméticos ecológicos
Não é de hoje que o mercado da beleza se destaca como um dos mais lucrativos. Segundo informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2021, o mercado dos cosméticos lucrou R$ 124 bilhões. É nesse contexto que surge a Puba, uma bioindústria fundada pelas cientistas Acsa Magalhães e Taris Maria Macedo, sob a orientação da professora Angélica Lucchese, que desenvolve, por meio da fermentação, extratos de origem vegetal que podem substituir os produtos químicos comuns na produção de cosméticos.
Segundo Taris Maria, a decisão de investir na área surgiu após se deparar com a falta de conservantes naturais, além da escassez de produtos originários da caatinga. “Começamos com o desenvolvimento de extratos nativos para cosméticos e hoje focamos no diferencial dos extratos da Puba, que são conservantes, antioxidantes e fotoprotetores para alimentos e cosméticos. O uso desses extratos vegetais é uma opção mais sustentável e saudável, sem danos à saúde humana”, destaca a cientista, que conta ainda que os insumos são benéficos, pois retardam o envelhecimento da pele, além de poderem ser aplicados na indústria alimentícia.
Outros benefícios proporcionados são a valorização do bioma da caatinga e a geração de renda para a agricultura familiar. “Ao mostrar o potencial das espécies da caatinga, promovemos o reflorestamento de espécies consideradas pragas pela população em geral, manejando a biodiversidade com um conjunto de práticas e técnicas que visem conservar e utilizar de forma sustentável a diversidade biológica” enfatiza a pesquisadora.
Vale ressaltar que a startup tem como principais parceiros a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que contemplou a bioindústria no Edital Centelha. O projeto, que está incubado no Parque Tecnológico da Bahia, tem apoio do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), da Startup EscoaF, ligada à Cooperativa de Agricultores Familiares, e do Sebrae, por meio do programa Startup Nordeste. Além de Taris e Acsa, a equipe conta com a designer Lore Sanco, a assessora e social media Julia Vitória e o assessor jurídico Thiago Campos. :: LEIA MAIS »
Pesquisadoras da Bahia desenvolvem curativo sustentável a partir de nanopartículas de própolis
Lesões na pele podem causar desconforto em grande parte da população, especialmente às pessoas que sofrem com doenças como a diabetes. Pensando em encontrar uma solução que ajude no tratamento de ferimentos, a pesquisadora Patrícia Fonseca, juntamente com sua orientadora Neila Pereira, pensaram em um projeto inovador para desenvolvimento de biocurativos com nanopartículas de própolis incorporadas a subprodutos naturais.
A ideia, que foi contemplada pelo Edital Inventiva, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), surgiu a partir da necessidade de tratamentos alternativos e eficazes para terapias de lesões cutâneas crônicas que vão desde feridas em diabéticos, úlcera de decúbito a queimaduras. “Pensamos na associação da própolis com outros subprodutos naturais que geralmente são descartados, gerando assim um material sustentável de alto impacto”, ressalta Patrícia.
A pesquisadora lembra que alguns tipos de curativos disponíveis no mercado possuem tempo de regeneração epitelial longo e custo alto. “Nosso tratamento é inovador, capaz de solucionar problemas estruturais em algumas terapias ou até mesmo potencializar o efeito de outras e com isso propor novas pesquisas através da associação de materiais já existentes que atuam individualmente em processos terapêuticos que envolvam ações antibacteriana, anti-inflamatória e cicatrizante”, disse. :: LEIA MAIS »
Pesquisadoras lançam documentário sobre a importância do Maculelê na cultura brasileira
Acontece neste dia 17 de julho de 2021, sábado, às 18 horas, no YouTube, o lançamento do vídeo documentário “Maculelê: Entre paus, grimas e cacetes”. A realização do filme faz parte do projeto “Entre paus, grimas e cacetes: o Maculelê construindo sentidos pedagógicos”. E também realizou quatro oficinas, vivências, pensados inicialmente para serem presenciais, mas foram ressignificados para o formato virtual, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
O processo de pesquisa que gerou o documentário conta com entrevistas realizadas à mestres, mestras, pesquisadores e fazedores da cultura, e tem a direção de fotografia e montagem realizadas por Rayanne Morais e a produção executiva é de Karuna de Paula – Equinócio Produções.
O Projeto conta com incentivo do Microprojeto Cultural. No referido projeto, Gabrielle Conde e Bruna Mascaro desenvolveram pesquisa em torno da prática cultural do Maculelê nos municípios de Salvador e Santo Amaro da Purificação, na Bahia – território de fundamental relevância na construção histórica desta expressão. :: LEIA MAIS »