:: ‘pessoas dependentes de drogas’
Em processo de transformação, Hospital Lopes Rodrigues deverá atender a pessoas dependentes de drogas
Em processo de transformação, iniciado por volta de 2001, tendo como objetivo desinstitucionalizar-se – deixar de ser local para internamento e moradia de pacientes – o Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues (antigo Hospital Colônia), em Feira de Santana, deve estender a sua assistência para acolher pessoas dependentes de drogas, a exemplo do crack. Esta ampliação, que vem sendo gestada há algum tempo na instituição, é pauta obrigatória na agenda do futuro governador da Bahia, defendeu hoje o vereador Sílvio Dias (PT), na abertura de uma sessão especial realizada pela Câmara para debater o atendimento aos cidadãos que estejam sofrendo de problemas de saúde mental no Município. Ele entende que, tais doenças, também estão relacionadas, diretamente, com o vício das drogas.
Autor do requerimento convocando o encontro para o Dia Mundial da Saúde Mental, Sílvio diz que a dificuldade enfrentada pela população, ao necessitar do serviço, causa um “dano muito grande”, inclusive para os familiares dos usuários de drogas. Acredita que esta é uma prioridade para as políticas públicas de quem quer que venha a governar a Bahia a partir de 2023. Para que tal mudança se concretize, considera imprescindível uma parceria do Estado com a Prefeitura. “As unidades do CAPS, como todos sabemos, municipalizadas, não conseguem dar conta da demanda”. Outras instituições, como a APAE (Associação dos Pais e Amigos das Pessoas Excepcionais), que acolhem portadores de autismo, devem também participar desse diálogo.
A diretora do Hospital Lopes Rodrigues, Iracy Leite, confirma a expectativa de transformar a unidade em um centro de atenção a pacientes de crack e outras drogas. “Estamos discutindo com a Secretaria de Saúde e já recebemos visitas de engenheiros para elaboração de um projeto de reforma”. O trabalho realizado pelo HLR, conforme o vereador Sílvio Dias reconhece, “tornou-se de excelência, humanitário, resgatando a dignidade de pessoas que eram esquecidas até mesmo pela família”. Ele diz que os méritos de tamanha mudança são dos dirigentes e de toda a equipe de profissionais envolvidos. :: LEIA MAIS »