:: ‘racionamento de água’
Recuperação de barragens suspende racionamento em cinco municípios
A Embasa suspendeu, nesta semana, o racionamento de água nos municípios de Antônio Gonçalves, Caém, Campo Formoso, Jacobina e Saúde. Na terça-feira (19), a empresa já havia decidido suspender o regime de racionamento nos municípios de Caém, Jacobina e Saúde. Em Antônio Gonçalves e Campo Formoso, o regime preventivo foi suspenso na manhã desta quinta-feira (21).
A barragem do Aipim, que está localizada no município de Antônio Gonçalves e armazena 2,3 milhões de metros cúbicos de água, já havia alcançado seu volume máximo no mês de julho, com as chuvas acumuladas desde o mês de junho. Naquela ocasião, a Embasa decidiu continuar racionando água em Antônio Gonçalves e Campo Formoso por causa do baixo volume de outras barragens da região. Nos últimos dias, a barragem do Aipim, juntamente com a de Pindobaçu, e outros pequenos rios da bacia do Itapicuru, passaram a contribuir para a barragem de Ponto Novo.
De acordo com o gerente regional da Embasa em Senhor do Bonfim, Vinícius Araújo, a decisão foi possível graças ao volume alcançado pelas barragens do Aipim e de Pindobaçu nos últimos dias “Com estes mananciais transbordando, temos, neste momento, uma maior segurança hídrica para a nossa região, o que nos proporciona ofertar uma maior quantidade de água aos municípios atendidos por eles”, destacou Vinícius.
“Esta contribuição é muito significativa e importante para garantir a continuidade do abastecimento nos municípios de Senhor do Bonfim, Jaguarari, Andorinha, Itiúba, Filadélfia, Ponto Novo e Caldeirão Grande”, ressaltou o superintendente da Embasa, Raimundo Neto. Segundo o gestor, a empresa vai continuar em regime de racionamento nestes municípios até que a barragem de Ponto Novo alcance um nível confiável de acumulação de água.
Govenador determina fim do racionamento de água em Vitória da Conquista
Com as obras emergenciais para captação de água no Rio Gaviãozinho, que receberam investimentos de R$ 6 milhões, e com as chuvas suficientes para encher a Barragem de Água Fria, o governador Rui Costa determinou que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) encerrasse o racionamento de água no município de Vitória da Conquista, com 350 mil habitantes, no sudoeste da Bahia. “Eu espero que nós consigamos manter o equilíbrio hídrico enquanto a solução definitiva não vem, que é a Barragem do Rio Catolé, que nós estamos licitando e devemos começar ainda este ano”, afirmou Rui.
De acordo com o governador, as medidas para o fim do racionamento foram realizadas com segurança pela Embasa, conforme determinação. “Eu determinei à Embasa que tomasse, com segurança, as medidas para o fim do racionamento de água em Vitória da Conquista. Para isso, nós concluímos uma obra emergencial de R$ 6 milhões, para pegar água no Rio Gaviãozinho, falta apenas colocar o gerador que não foi possível por causa da chuva, mas no máximo em 20 dias o sistema todo estará ligado. Houve também as últimas chuvas, que encheram a Barragem de Água Fria. Esses dois fatores nos dão segurança para a suspensão do racionamento”.
Rui Costa disse ainda que outras grandes barragens estão sendo construídas na Bahia: no Rio Colônia, que será concluída ainda este ano, na região de Itabuna; e outra, de Baraúna, na região de Seabra. “Só a barragem de Conquista, no Rio Catolé, é um investimento de R$ 200 milhões, importante, grandioso e que vai garantir água pelos próximos 50 anos para Vitória da Conquista”, destaca.
Saneamento básico
Rui destacou também o saneamento básico no município. “Hoje, nós temos orgulho de Vitória da Conquista, porque, com os investimentos da Embasa, o município já passa de 80% de esgotamento sanitário”. Ele afirmou que a estação de tratamento da cidade é a maior do Nordeste. “As capitais nordestinas fazem um pré-tratamento e jogam o resíduo no mar, mas Vitória da Conquista trata aqui mesmo e tem a maior estação de tratamento do Nordeste. Saneamento é sinônimo de saúde e de cuidado com o meio ambiente”.
Duda Sanches cobra posição da Embasa sobre racionamento de água
Diante da veiculação de notícias afirmando que Salvador e Região Metropolitana podem sofrer racionamento de água, o vereador Duda Sanches (DEM) cobrou, por meio de ofício encaminhado na quarta-feira (12) ao presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Rogério Cedraz, um posicionamento da empresa. “Quais foram os procedimentos adotados pela Embasa? Seca nós temos, infelizmente, todos os anos. O que a empresa fez para ajudar no abastecimento dos reservatórios? E, por último, queremos uma palavra final sobre o racionamento”, questionou o vereador.
Duda afirmou que o presidente da Embasa tem fornecido informações desencontradas. “Salvador é a terceira maior capital do país, com uma Região Metropolitana igualmente extensa, e não pode ficar nesse pânico de ter ou não racionamento de água. Há cerca de 20 dias Rogério Cedraz disse que não teria racionamento e depois voltou atrás”, afirmou o parlamentar.
Duda, que é presidente da Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e Seguridade Social, disse que o intuito do ofício é diminuir as dúvidas. De acordo com o vereador, o colegiado também aguarda o posicionamento da Embasa e está disposto a ouvir o presidente ou qualquer representante, “com o objetivo de esclarecer a população que já sofre com o atendimento precário da empresa pública”.