:: ‘Sinjorba’
“Somos o 3° seguimento da economia nacional que mais tem adoecido e morrido profissionais de Covid-19”, diz presidente do Sinjorba
O presidente do Sindicado dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves, afirmou que, com a vacinação da categoria, a sensação é de alívio e de dever cumprido por parte do sindicato de garantir a imunização dos profissionais de imprensa. “Quero homenagear, inclusive, todos os nossos colegas que perderam a vida, mandar as nossas condolências as suas famílias e aos colegas de trabalho que conviviam com esses profissionais que faleceram. Só aqui no Estado já foram 26 mortos. Quero também me solidarizar com mais de 400 jornalistas e radialistas baianos que adoeceram de Covid-19, pois estão na linha de frente trabalhando, indo aos locais de aglomeração e com grande possibilidade de contaminação como hospitais, postos de saúde e filas de vacinação para produzir as suas matérias que o ouvinte, o telespectador, o leitor de jornal e sites recebem todos os dias em suas residências”, destacou ao site Política In Rosa.
Moacy ainda destacou que a informação que os profissionais tem levado é de qualidade com base na ciência, ouvindo as autoridades sanitárias e informando bem a população, o que é fundamental no combate a pandemia. “Para fazer esse trabalho bem feito temos que estar trabalhando in loco. Temos que ter o contato com o dia a dia da cidade onde nós residimos e trabalhamos. E isso nos expõe a contaminação. Por isso, nós somos hoje o 3° seguimento da economia nacional onde mais tem adoecido e morrido profissionais em termos percentuais. Foi com base nisso que reivindicamos a vacinação dos profissionais de imprensa e a CIB, que é formada pelos secretários de saúde municipais e o secretário de saúde estadual, definiu essa vacinação compreendendo os argumentos jurídicos, técnicos e epidemiológicos que foram apresentados pelo Sinjorba”, relatou.
Sinjorba fala sobre MP e sua tentativa de barrar imunização de profissionais da imprensa: “Parece guerra política”
Moacy Neves, presidente Sindicado dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), destacou que a vacinação dos profissionais da comunicação é uma realidade na Bahia. “O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) deveria sossegar, cuidar do que interessa e não tentar atrapalhar uma tentativa do Estado e dos Municípios de imunizar uma categoria essencial durante a pandemia. Parece que o MP transformou isso numa guerra política. Não queríamos entrar nesse debate, pois nosso debate é técnico e epidemiológico. Mas, se o Ministério Publico politizou, a gente também vai politizar e vamos continuar firme para defender essa bandeira custe o que custar. Ela é justa, legítima e juridicamente aprovável”.
Já Marly Caldas, que é representante do Sinjorba em Feira de Santana, disse que o Ministério Público não tem direito de proibir nada. “O Ministério Público está se arvorando de direitos que ele não tem para perseguir uma classe que não parou durante a pandemia. A essencialidade do nosso trabalho é muito importante que seja reconhecida. Todo mundo parou, mas os Jornalistas não pararam. Eles estavam nos hospitais e em todos os cantos onde tinham gente e notícias. O que a gente percebe é que essa perseguição atrasou um pouco a nossa vacinação, mas não conseguiu vencer porque nós estamos sustentados pela Justiça e pela lei”, disse.