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:: ‘Trabalhadores do Judiciário baiano decretam greve geral’

Trabalhadores do Judiciário baiano decretam greve geral por tempo indeterminado

Trabalhadores do judiciário baiano deflagram greveEm votação praticamente unânime, os trabalhadores do Judiciário baiano decidiram que a categoria entrará em greve geral por tempo indeterminado. A deflagração ocorreu em assembleia geral realizada nesta sexta-feira (9). O movimento paredista começará no dia 19 de junho, mas já no próximo dia 14 os servidores paralisarão suas atividades por 24 horas.

Durante a reunião, a coordenadoria do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judicário do Estado da Bahia (SINTAJ) passou para os trabalhadores todo o panorama da atual negociação que a entidade vinha travando com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A Corte desembarcou do processo no último encontro que os representantes da classe tiveram com a administração do Tribunal, no dia 2 de junho.

Após a decretação, a assembleia também escolheu o comando de greve. O grupo será formado por 27 pessoas, incluindo os membros da coordenação.

De acordo com o sindicato, o clima reinante no encontro era de insatisfação geral e irrestrita com o TJ-BA, que após meses de conversas de tom conciliatório voltou atrás com as promessas feitas. A Corte passou a negar a correção da tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS) e a viabilidade do projeto que minimizaria a grande distorção remuneratória existente entre os servidores. O ajuste da tabela foi dado como certo – faltando apenas a assinatura da presidente do TJ-BA, Maria do Socorro Santiago – e a proposta da remuneração foi extremamente elogiada pela administração.

Após os últimos retrocessos, os trabalhadores entendem que todas as possibilidades de negociação foram esgotadas, já que desde o início de 2017 a categoria vem dialogando com a Corte e praticamente nenhuma das reivindicações foi atendida.

Os principais pleitos dos servidores são o pagamento do reajuste linear, negado há dois anos pelo governador Rui Costa; o pagamento da Vantagem Pessoal de Eficiência (VPE) – antiga GEE – para os servidores que não a recebem e dos passivos devidos pelo TJ-BA; regulamentação das férias e tratamento isonômico entre todos os membros do Tribunal.

Ao longo da greve só funcionarão 30% do efetivo das unidades judiciárias, que priorizarão a expedição de liminares de urgência, como casos de saúde e religamento de água e luz.

A greve acontecerá em todo o estado da Bahia e está sendo capitaneada pelo SINTAJ, que representa os servidores dos Juizados Especiais, dos Juizados da Infância e Juventude e das Secretarias do Tribunal.



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