Vereador José Carneiro (MDB) – Foto: Anderson Dias/site Política In Rosa

O vereador José Carneiro (MDB), em entrevista ao site Política In Rosa, fez uma avaliação sobre as eleições de 2024. Carneiro falou também sobre a candidatura do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) para prefeito de Feira de Santana e, possivelmente, uma candidatura do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (UB). Vale destacar que os dois são do mesmo grupo político.

“Ainda é muito cedo para fazer uma avaliação, mas a gente não pode deixar de reconhecer a liderança do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, que eu acho que tem possibilidades reais de ganhar a eleição. Não deixando de reconhecer também a liderança do deputado estadual Pablo Roberto, que também participa do grupo comandado pelo ex-prefeito Zé Ronaldo, mas que tem todo o direito de almejar uma coisa maior, um voo maior”, disse.

Para José Carneiro, pela tradição política de Feira de Santana, a eleição 2024 vai polarizar em dois nomes mais uma vez. “Acredito que fique polarizado no nome de Zé Ronaldo e também do, se candidato a prefeito, Zé Neto (PT). Se não for Zé Neto, como o governador diz todo dia que ainda não tem candidato, pode ser quem for, eu acho que vai polarizar nesses dois”, afirmou.

Carneiro destacou que é eleitor de Zé Ronaldo, cabo eleitoral e vai votar nele.

2026

Perguntado se teria vontade de ser candidato a deputado estadual ou a federal em 2026, José Carneiro descartou a possibilidade. “Já estou idoso, tenho 62 anos. Vou tentar uma eleição de vereador de novo, colocar meu nome à disposição do povo de Feira de Santana em 2024 e, se eleito, terminarei meu mandato em 2028, já com 67 anos. Então, é hora de pensarmos até na possibilidade de pendurar a chuteira. Mas pensar em voos mais altos, sinceramente, não passa pela minha cabeça”, assegurou.

Avaliação governo Jerônimo

Ao fazer uma avaliação do governo Jerônimo, o vereador José Carneiro Rocha afirmou que a Segurança Pública é horrorosa. “Vivemos num Estado onde a matança predomina. Todo dia se mata gente e, infelizmente, vocês viram o que aconteceu agora recentemente nos bairros periféricos de Salvador. A violência é terrível. Feira não é diferente. E ouvimos muito oba-oba”, reclama.

Ainda conforme o vereador, o governador Jerônimo se elegeu, mas é claro que ainda é cedo para se cobrar. “Temos apenas nove meses de mandato, mas observe: o governador Jerônimo estava vindo à Feira todo dia, mas o que foi que trouxe mesmo até agora de concreto? Anunciou o Centro de Convenções, olha lá, está tudo parado. Não se vê nem um pedreiro, pelo menos quando eu passo lá. Só se estiver atrás daqueles tapumes. Sinceramente, eu não vejo uma iniciativa do Governo do Estado em Feira de Santana”, relatou.

E continuou: “Teve a questão agora dos 30 leitos do Clériston, que não foi iniciativa do governador, foi uma ordem judicial. Ou eles pagavam uma multa de quase R$ 7 milhões ou construíam os leitos. Claro que é muito melhor construir os leitos do que pagar uma multa”, falou.

Hospital Municipal

Sobre as críticas e indagações em relação a não construção de um novo Hospital Municipal, já que o prefeito Colbert Filho colocou no seu Programa de Governo o faria, – o que ajudaria na situação em que se encontra a Saúde de Feira de Santana – José Carneiro disse que Feira merece e precisa de um Hospital Municipal.

“Estamos vendo a dificuldade enfrentada pelo governo na Saúde, onde médicos estão com salários atrasados. Como é que eu vou defender, nesse momento de crise, a construção de um hospital? Para quê? O que é que passa pela nossa cabeça: será que o Governo Municipal tem recursos para construir um novo Hospital Municipal, já que tem um único que é, diga-se de passagem – o Hospital da Mulher é um Hospital Municipal, – mas que atende apenas a mulher”.

Ainda assim, Carneiro acha que é preciso rever essa questão do Hospital Municipal. “Não adianta apenas construir um hospital e ele não funcionar. Acho que sou defensor da construção, mas com segurança, com garantia de que esse hospital vai funcionar e que vai ser para valer de verdade”, findou.