Vereador afirma que seu futuro no PSB é incerto e abre conversas com o PSD
O vereador Galeguinho SPA falou, nesta terça-feira (08), como fica sua situação em relação ao partido qual o mesmo é filiado, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Questionado se ficará na sigla, Galeguinho disse que seu futuro na política está um pouco incerto em relação ao PSB. Até porque, reclama, não tem muita assistência do partido na cidade. O PSB tem a frente o ex-vereador Roberto Tourinho e um dos seus principais nomes o deputado estadual Angelo Almeida.
Na opinião do vereador, a falta de assistência que ele tem da legenda na cidade pode ter motivos pessoais por trás. “Não tenho muita assistência do PSB e talvez isso aconteça por motivos pessoais da diretoria do partido. Porque, querendo ou não, eu sou um político independente. Lógico que eu tenho que respeitar a hierarquia e sempre fiz isso, nunca deixei de respeitar. Mas eu sou um político que consigo andar com minhas próprias pernas. Não ando atrás de ninguém solicitando barganha ou algo que venha a me favorecer. Eu gosto de estar nas ruas. A minha forma de fazer política é estar nas ruas. E a um bom tempo que eu não tenho contato nem com o presidente do partido e nem Angelo. Esse pode ser um dos motivos que me levem a futuramente buscar um outro partido que vai realmente compactuar com a nossa característica de fazer política”, declarou.
Indagado sobre qual seria o partido que poderia ingressar, Galeguinho SPA falou que hoje todo mundo quer um vereador atuante como ele no partido. “Fui eleito vereador com 1 .700 votos. Na eleição para deputado fiquei com quase 18 mil votos. Algo que surpreendeu muita gente em Feira de Santana. Todo mundo quer ter um político atuante, que não se esconde, que está nas ruas. Muita gente me fala que posso ser o futuro prefeito de Feira. Não sou eu que digo, é o pessoal que diz. Tenho 36 anos de idade, com o meu crescimento dentro de Feira de Santana é o destino, é o caminho que nos leva a isso, ninguém vai ficar para vida toda. Nem Ronaldo, nem Zé Neto, vai ficar para vida toda. Isso é natural, é um caminho natural. Talvez isso esteja incomodando”, disse.
De acordo com o edil, está na hora de colocar políticos que verdadeiramente venham olhar pela população, que consiga ir para as comunidades de cabeça erguida e não aparecer apenas em quatro em quatro anos. “Esse não é o meu perfil, eu não tenho esse perfil político de que é só aparecer nas eleições. Eu consigo entrar e sair em qualquer comunidade de cabeça erguida e todo mundo me parabeniza. É isso que me deixa feliz”, afirmou.
Sobre seu descontentamento com o PSB e se isso é por conta também de não ser aceito como um provável pré-candidato a prefeito de Feira de Santana pela sigla, Galeguinho disse que, se o partido tivesse de fato colocado ênfase na sua campanha como prefeito, ele ficaria em terceiro lugar.
“Mas continuo sendo pontuado. Quem fizer pesquisa sabe do que estou falando. Se fizer pesquisa em Feira de Santana e colocar o meu nome como prefeito serei pontuado. Inclusive saiu uma pesquisa de reconhecimento interno e eu estava lá, com 5% das intenções de voto. Sou um político limpo, com dois anos e alguns meses de política, surpreendendo cada vez mais pela forma de política que eu faço e de como eu conduzo o meu mandato. Isso acaba incomodando, talvez. Eu não sei. Estou falando aqui da boca para fora, mas algo está acontecendo. De fato, algo está acontecendo. Eu não me aperto com isso de forma alguma, pois existem outros partidos que querem a minha presença”, asseverou.
Possibilidade de ida para o PSD
Questionado sobre a possibilidade de mudar o PSB pelo PSD, Galeguinho SPA disse que tem conversado com o presidente do PSD em Feira de Santana, o vereador Fernando Torres. “Temos conversado. Torres é meu amigo pessoal e ele já me deixou claro dizendo que, se nada der certo em relação ao PSB, o PSD está aberto. O PSD é uma legenda que eu me identifico, um partido de centro-esquerda. E, para mim, é super tranquilo também”, falou.
Sobre com qual grupo ele caminhará nas eleições 2024, Galeguinho SPA disse que é algo que tem que ser definido mais a frente. “Não temos mais tempo de estar errando. Vamos decidir lá para janeiro ou fevereiro do ano que vem”, finalizou.